Agência VOA

21 de fevereiro de 2018

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Organizações da sociedade civil, ligadas aos processos de observação eleitoral, dizem que a alteração do calendário é algo inevitável, mas apelam a seriedade.

O Conselho de Ministros de Moçambique na terça-feira, 20, disse que o registro de eleitores passa para o período de 19 de março a 17 de abril.

Inicialmente, o processo estava agendado para 1 de março a 29 de abril.

Para o governo, a razão é simples: Evitar que o recenseamento colida com o período da 2ª volta da eleição intercalar na autarquia de Nampula.

Organizações da sociedade civil, ligadas aos processos de observação eleitoral, dizem que a alteração do calendário é algo inevitável, mas apelam a seriedade.

Alberto Manhique, do Fórum de Monitoria Eleitoral, diz que, apesar do novo calendário ser apertado, em função de tudo que precisa ser feito até a realização das eleições autárquicas de 10 de outubro, a alteração pode não ter muita influência.

Contudo, Manhique alerta que os órgãos eleitorais têm um papel fundamental, para que o recenseamento eleitoral não venha ressuscitar os fantasmas da primeira volta da intercalar de Nampula.

“Quinze dias não podem comprometer todo um processo, desde que o STAE (Secretariado Técnico de Administração Eleitoral) assuma este processo com muita responsabilidade, tendo em conta que todos nós ficamos beliscados com a desorganização da intercalar de Nampula (…) o receio poderá residir nesse prisma” afirma Manhique.

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