Líbia • 5 de janeiro de 2015

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Alegando motivos de segurança, o governo líbio reconhecido pela comunidade internacional anunciou hoje (5) a proibição de entrada no país de cidadãos de origem síria, palestina e sudanesa. A decisão foi tomada pelo ministro do Interior, Omar Al Sanki, após alegações de que cidadãos desses países “estariam envolvidos com grupos terroristas em ataques contra o Exército e as forças policiais em Benghazi e em cidades do oeste”.

A proibição de acesso ao território líbio por via marítima, terrestre ou aérea entrou em vigor hoje e será aplicada até nova ordem, informou o gabinete de imprensa do ministro do Interior. No mesmo comunicado, o governo líbio informou ainda que a concessão de vistos aos cidadãos de Malta depende de um “acordo prévio dos serviços de segurança”. “A decisão foi adotada a título preventivo”, diz o texto, após o ministério ter recebido informações sobre “uma ajuda logística dos malteses à milícia Fajr Libya [Aurora da Líbia]”.

A Fajr Libya é uma coligação heterogênea de milícias, incluindo combatentes islâmicos, da cidade de Misrata. Essas milícias assumiram o controle da capital líbia em agosto, após várias semanas de combates contra as milícias de Zentan. A Líbia enfrenta situação caótica desde a derrubada do ex-líder Muammar Kadhafi em outubro de 2011, após oito meses de conflito. As milícias controlam parte do território do país, no Norte da África, dirigido por dois Parlamentos e dois governos rivais, um próximo às milícias da Fajr Libya e outro reconhecido pela comunidade internacional e instalado em Tibruk, perto da fronteira egípcia.

Fontes