Agência Brasil

26 de novembro de 2014

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Reino Unido

O governo britânico apresentou hoje (26) ao Parlamento, em Londres (sede do Reino Unido e da Inglaterra), um projeto de lei para endurecer o combate à ameaça terrorista no Reino Unido. Entre as principais medidas estão a ampliação do poder da polícia para apreender passaportes, impedir o retorno ao Reino Unido e até retirar a cidadania britânica de suspeitos de envolvimento em atividades terroristas.

Companhias aéreas terão que endurecer a checagem e fornecer à polícia, com agilidade, dados dos passageiros. Elas também serão obrigadas a respeitar as listas de pessoas não autorizadas a voar. Provedores de internet terão que registrar e disponibilizar aos órgãos de segurança endereços de IP (sigla em inglês para Internet Protocol) de computadores de usuários suspeitos.

De acordo com a Polícia Metropolitana de Londres, a ameaça terrorista no Reino Unido cresceu de “substancial” para “severa” em 2014. A ministra do Interior, Theresa May, disse, em entrevista na última segunda-feira (24), que 40 ataques terroristas planejados foram evitados e abortados pela polícia desde 7 de julho de 2005, quando atentados suicidas resultaram na morte de 52 pessoas na capital inglesa. Ela espera que o projeto seja aprovado com rapidez pelo Parlamento.

Com a grande quantidade de cidadãos britânicos deixando o país para lutar pelo Estado Islâmico na Síria e no Iraque (são cerca de 500, segundo o governo) a ameaça cresceu. Muitos deles estão retornando ao país depois de passarem por treinamentos terroristas. É o caso dos jovens Mohommod Hassin Nawaz, de 31 anos, e Hamza Hawaz, de 23 anos, que foram condenados hoje, em Londres, a quatro anos e a três anos e meio de prisão, respectivamente, por conspiração terrorista. Os dois irmãos, de nacionalidade britânica, atenderam a um treinamento militar do Estado Islâmico na Síria e foram presos em agosto de 2013, quando tentavam retornar ao Reino Unido.

As forças de segurança admitiram que não conseguirão resolver o problema sem o apoio da população. Por isso, uma campanha contra o extremismo foi lançada, na busca de envolver escolas, universidades e outras entidades.

O governo britânico também atua na internet, para remover o material terrorista hospedado no Reino Unido e no exterior. Desde fevereiro de 2010, mais de 65 mil registros de conteúdo relacionado a atividades terroristas foram retirados da rede.

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