Brasil • 24 de fevereiro de 2015
O governo brasileiro manifestou hoje (24) mais uma vez, como tinha feito sexta-feira passada, preocupação com a instabilidade política na Venezuela. Em nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores, o governo diz que continua acompanhando “com grande preocupação” os acontecimentos no país vizinho.
O Itamaraty informou que acompanha a situação principalmente por meio da Comissão de Chanceleres da Unasul, integrada pelos chanceleres do Brasil, da Colômbia e do Equador, e por contatos diretos com o governo venezuelano. “São motivos de crescente atenção medidas tomadas nos últimos dias, que afetam diretamente partidos políticos e representantes democraticamente eleitos, assim como iniciativas tendentes a abreviar o mandato presidencial.
Na quinta-feira (19), o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, foi preso e será alvo de um processo judicial porque, segundo o presidente Nicolás Maduro, faz parte de uma conspiração contra ele. Para a oposição, no entanto, o prefeito foi “brutalmente detido”, e a prisão é “ilegal e abusiva”. “O governo brasileiro considera imperiosa a pronta retomada do diálogo político auspiciado pela Unasul por meio da Comissão de Chanceleres, que tem contado com o decidido apoio da Santa Sé [Vaticano]”, diz a nota do Itamaraty, que reitera também a disposição de contribuir de forma ativa para a retomada do diálogo entre o governo Maduro e a oposição.
O Itamaraty ressalta que é interesse de todos que a Venezuela retome as condições para o desenvolvimento econômico e social em um cenário de paz. “O governo brasileiro insta os atores políticos venezuelanos, assim como as forças sociais que os apoiam, a absterem-se de quaisquer atos que possam criar dificuldades a esse almejado diálogo”, afirma a nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores.
Fontes
A versão original, ou partes dela, foram extraídas da Agência Brasil, sob a licença CC BY 3.0 BR. |
- ((pt)) Danilo Macedo. Governo brasileiro acompanha com preocupação acontecimentos na Venezuela — Agência Brasil, 24 de fevereiro de 2015
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