Brasil • 7 de janeiro de 2006

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O general brasileiro Urano Teixeira da Matta Bacellar, chefe militar da Missão das Nações Unidas (ONU) para a Estabilização no Haiti (Minustah), morreu esta manhã em Porto Príncipe.

O general foi vítima de um "acidente com arma de fogo", segundo o assessor de informações públicas da força brasileira no Haiti, tentente coronel Fernando da Cunha Matos. Ele assumiu o comando da missão em agosto de 2005, substituindo o general Augusto Heleno Ribeiro Pereira.

O Exército Brasileiro divulgou, em nota oficial, que "A Organização das Nações Unidas, por intermédio do seu componente policial, está apurando as circunstâncias que envolveram o facto".

A morte do brasileiro acontece em meio a uma operação militar da Minustah no bairro mais violento da cidade, o Cite Soleil, reduto do grupo armado Chimeres, leais ao presidente deposto Bertrand Aristide.

A crise no Haiti começou em 2004,o que levou o país a sofrer intervenção da ONU, que enviou forças de paz lideradas pelo Brasil à região. Após a queda do Presidente haitiano Jean-Bertrand Aristide, o Conselho de Segurança da ONU criou a Minustah cujo objetivo é

A Minustah conta com 7.500 homens vindos de 14 países, sendo o Brasil o país com maior contingente na região—1.213 efetivos—seguido pelo Nepal, Jordânia e Sri Lanka, com 750 militares cada um. Argentina, Chile, Uruguai, Peru, Espanha e Marrocos também contribuem com soldados.

Nos últimos dias, membros da Minustah têm sido objeto de fortes críticas no Haiti, devido a uma crescente insegurança no país, principalmente em Porto Príncipe.

Apesar dos esforços da missão de paz, a situação no Haiti continua bastante volátil e as eleições originalmente marcadas para novembro vêm sendo repetidamente adiadas. A principal preocupação agora é que haja segurança para a realização das eleições, adiadas pela quarta vez e sem previsão de ocorrer.

Fontes