28 de janeiro de 2021

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A abertura de um processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro é a principal bandeira de campanha do deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) à presidência da Câmara. Com o slogan “Braço Forte na Condução da Câmara”, o parlamentar lançou oficialmente sua candidatura nesta quarta-feira, de maneira avulsa, já que o partido dele apoia formalmente o candidato Baleia Rossi (MDB-SP).

Na cerimônia de lançamento, no Salão Negro da Câmara, Frota, que já protocolou três pedidos de impeachment contra Bolsonaro, desde março de 2020, explicou por que defende o afastamento de Bolsonaro.  “Os ataques à imprensa, o desrespeito com o povo brasileiro, as mentiras frequentemente nas páginas policiais, 'rachadinha', cheque, usando a máquina e usando o poder para mudar o curso da História em defesa do senador corrupto”, enumerou Frota.

O deputado também apontou erros do governo no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, foi solidário com as famílias das vítimas fatais, lamentou os cortes nas verbas para pesquisa e apoiou a vacinação.

Durante o lançamento da candidatura, ele distribuiu latas de leite condensado aos presentes, em alusão à recente divulgação dos gastos do governo com produtos alimentícios, e criticou a distribuição de cargos e a liberação de dinheiro de emendas em troca de apoio político. “Precisamos de uma Câmara livre, que possa dialogar com todos, inclusive com o contraditório, que possa ouvir e que possa ser independente, que possa trabalhar pelo País.”

Projetos

Em seu discurso, o parlamentar, que tem 57 anos e está no primeiro mandato na Câmara, lembrou os 155 mil votos obtidos e destacou que já apresentou 553 projetos. Ele ressaltou, por exemplo, ter sido o autor do projeto que deu origem à Lei Aldir Blanc, que criou auxílio financeiro para os trabalhadores da área cultural durante a pandemia.

O deputado, que também é coordenador da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as fake news, alertou as autoridades para uma suposta mobilização, via redes sociais, para hostilizar os parlamentares no dia 1º de fevereiro, data da eleição à Presidência da Câmara. Ele comparou a mobilização à invasão do Capitólio, nos Estados Unidos, que aconteceu no dia 6 de janeiro.

Fontes