17 de setembro de 2024

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O padre Abbe Pierre, que lutava pelos direitos dos moradores de rua e que foi por anos uma das personalidades mais populares da França, deve ter seu nome removido de instituições de caridade que ele fundou, bem como de parques e ruas que levam seu nome, após se descobrir que ele estuprou diversas mulheres durante vários anos, não só na França, mas em outros países.

O assunto mereceu o destaque do Papa Francisco, que disse na sexta-feira que Pierre fez muitas coisas boas, mas também era um pecador e que essas coisas devem ser faladas, não escondidas.

O chefe da associação dos bispos franceses disse que pelo menos alguns bispos franceses sabiam dos supostos abusos do clérigo há décadas.

O padre morreu em 2007 aos 94 anos.

Caso Gisele Pelicot

Milhares de pessoas protestaram contra a violência sexual em toda a França no último fim de semana, com os casos midiáticos de Pierre e Gisele Pelicot ocupando as manchetes dos jornais nas últimas semanas. A mulher de 72 anos foi drogada e estuprada por dezenas de homens durante váios anos, num esquema montado por seu marido, Dominique Pelicot, que agora está sendo julgado na cidade de Avignon pelo crime, descoberto por acaso em 2020. Outras mulheres da família também relataram o assédio de Dominique à polícia.

Em cerca de 30 cidades francesas, incluindo Paris, Marselha e Nantes, homens e mulheres participaram de manifestações pedindo o fim da violência sexual. Eles carregavam cartazes com mensagens como “não à cultura do estupro” e “Gisele, nós acreditamos em você”

Fontes

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  • Thousands protest in France as high-profile rape cases rock country — VOA, 16 de setembro de 2024  
  • 'Shame must change sides' — France's rape plaintiff becomes feminist icon — VOA, 14 de setembro de 2024  
  • Centenas de pessoas vão às ruas na França em apoio a Gisele Pelicot e vítimas de estupro — CNN Brasil, 14 de setembro de 2024