Agência Brasil

Fidel Castro em 2009.
Imagem: Stemoc.

Agência VOA

26 de novembro de 2016

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Líder da Revolução Cubana e ex-ditador Fidel Castro, morreu com 90 anos de idade, confirmou na madrugada de hoje (26) seu irmão e sucessor, Raúl Castro.

Em um anúncio na televisão estatal Cubavisión, Raúl disse que era "com profunda dor" que confirmava a "morte do comandante Fidel Castro Ruz", falecido às 22h29min de Havana do dia de ontem (25).

De acordo com o atual mandatário cubano, os restos do ex-presidente serão cremados. "Em cumprimento da expressa vontade do companheiro Fidel, seus restos mortais serão cremados, atendendo sua vontade expressa", afirmou Raúl, demonstrando emoção ao ler o breve comunicado.

Raúl Castro agregou que nas próximas horas será anunciado como vai realizar as exéquias de Fidel Castro, a quem se viu pela última vez em 15 de novembro, quando recebeu em sua residência, o presidente de Vietnã, Tran Dai Quang.

Fidel Castro foi o herói histórico da esquerda moderna, o homem que mais desafiou os Estados Unidos. Mas, na opinião de líderes de direita (inclui a centro-direita) e os dissidentes cubanos, Fidel era um ditador sanguinário e o culpado por isolar a ilha de Cuba por quase 60 anos de todo o mundo.

Conhecido como "Comandante" pelos cubanos, Fidel era personagem de várias histórias e boatos. "Ele não dorme", "ele não se esquece de nada", "é capaz de te penetrar com o olhar e descobrir quem você é".

Fidel sempre teve uma saúde de ferro, até quando enfrentou uma hemorragia intestinal durante uma viagem à Argentina aos 80 anos de idade. Em 31 de julho de 2006, os problemas de saúde provocados pelo avanço da idade o fizeram delegar temporariamente o poder a seu irmão Raúl.

Em fevereiro de 2008, Fidel renunciou oficialmente ao cargo de presidente cubano e, desde então, era o principal conselheiro do Partido Comunista e do novo governo.

A era Fidel Castro vem se dissolvendo pouco a pouco, enquanto uma nova Cuba surge devido a uma série de reformas econômicas e da retomada das relações bilaterais com os Estados Unidos, rompidas há mais de meio século, mantendo o regime fechado mais antigo das Américas.

Fidel assistia a tudo isso de longe, mas não deixava de fazer suas análises em artigos publicados no jornal oficial cubano Granma. A fragilidade da sua saúde já tinha provocado boatos sobre sua morte várias vezes nas redes sociais.

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