14 de junho de 2022

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Mesmo com a lembrança dos eventos violentos ocorridos em outubro de 2019, os equatorianos enfrentam uma nova greve nacional de atividades a partir desta segunda-feira.

Os promotores da medida pertencem à Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (CONAIE), a organização indígena mais forte do país, com cerca de 18 milhões de habitantes.

Uma lista de 10 pontos inclui a demanda indígena. Ela consistem, principalmente, em um pedido de redução dos preços dos combustíveis, maior controle de preços diante do rápido aumento dos preços de bens de primeira necessidade e na melhoria das condições dos créditos que os camponeses mantêm.

Os primeiros efeitos da medida de fato foram produzidos ao longo da Rodovia Pan-Americana, que atravessa o país, de norte a sul. Houve bloqueios, com árvores, pedras e terra e, em alguns casos, com a queima de pneus. Por outro lado, nas cidades mais importantes do Equador, como Quito, Guayaquil e Cuenca, o desemprego quase não foi sentido desde o início.

Na paróquia de Calderón, localizada na zona norte da capital equatoriana e onde ocorreram alguns incidentes nesta segunda-feira, Cecilia Simbaña, dona de casa, explicou o difícil momento enfrentado pelas classes populares, agravado após a chegada da COVID-19.

“Agora, onde estamos indo e nossos filhos sem emprego, eles não têm emprego, onde eles vão comer? Esta doença não nos matou e este governo vai nos matar de fome”, afirmou Simbaña. “Não é justo.”

A cerca de 100 quilômetros daquele populoso setor, na província de Cotopaxi, o presidente da CONAIE, Leônidas Iza, fez uma primeira avaliação do primeiro dia da greve. Acompanhado de outros dirigentes, em uma das áreas bloqueadas ao tráfego de veículos, ele explicou que a medida tem caráter nacional e é por tempo indeterminado.

“Se hoje o presidente da República der respostas, então, hoje vamos terminar”, disse Iza aos jornalistas.

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