Agência Brasil

8 de abril de 2008

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A Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) reafirmaram que não haverá acordo para a libertação da ex-candidata à presidência da Colômbia, Ingrid Betancourt, se o governo do presidente de Álvaro Uribe não se manifestar sobre a libertação de guerrilheiros.

O grupo recomenda que o presidente da França, Nicolas Sarkozy, empenhado na libertação da refém, peça à Colômbia e aos Estados Unidos que “libertem, sem prerrogativas, guerrilheiros e políticos de esquerda”. As informações são da agência argentina Telam.

No artigo Dar e receber é a lógica da troca humanitária, publicado ontem (7), a guerrilha lembra que pouco tempo depois do ataque de 1º de março – quando o líder guerrilheiro Raúl Reyes foi morto durante ação colombiana em território equatoriano – “o Executivo desse país e a classe política logo agiram para a libertação de novos reféns.”

Para os rebeldes, o governo colombiano fez o pedido de libertação de seqüestrados “esculpindo sobre o cadáver do principal canal interlocutor que havia entre a comunidade internacional e a insurgência com relação ao tema do intercâmbio humanitário de prisioneiros”.

Ao referir-se à missão médica enviada pelo governo francês à Colômbia com o objetivo de assistir Betancourt, as Farc afirmam que “antes de os helicópteros estarem prontos para atender os reféns e prepararem seu traslado, deveriam fazer esforços pertinentes para que os governos em Washington e de Bogotá libertem, sem prerrogativas, guerrilheiros e políticos de esquerda presos”.

“Sarkozy deve utilizar seus amplos contatos com os norte-americanos, que são quem financia e atiça a guerra na Colômbia, para que não sigam impedindo o regresso de tantos políticos e militares em poder das Farc à suas casas”, conclui o artigo.

Fontes