24 de outubro de 2020

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O Fundo Monetário Internacional (FMI) estimou que Cabo Verde é o país lusófono na África que mais rapidamente vai-se recuperar da recessão causada pela pandemia da COVID-19, mas todos os demais lusófonos começarão a crescer a partir do próximo ano.

No relatório “Perspectivas Económicas para a África Subsaariana”, divulgado nesta semana, em Washington, o FMI adverte que Angola não deverá sair da recessão até 2024.

A boa notícia é que todos os lusófonos vão crescer acima na media regional já a partir do próximo ano.

Apesar de ser o lusófono que mais vai ver a sua economia cair este ano, em cerca de 6,8% devido às medidas de confinamento que, por exemplo, levou ao fechamento das fronteiras e parou o turismo, a principal fonte de recursos, Cabo Verde será o primeiro a sair da recessão, já em 2021, com uma expansão econômica de 4,5%.

Angola enfrenta uma crise desde 2014, com a queda do preço do barril de petróleo, e o FMI estima que o Produto Interno Bruto (PIB) deve contrair-se pelo quinto ano consecutivo, chegando a 4 por cento este ano.

"Os preços do petróleo mais sustentados e as medidas de políticas de apoio vão ajudar a recuperar a economia a curto prazo, com crescimento positivo em 2021, de 3,2%", diz o relatório que estima que a inflação chegue a 21%, enquanto a dívida pública deverá atingir os 120,3%.

Embora advirta que os países africanos terão de fazer “escolhas difíceis", como reformas estruturais que promovam a resiliência, o FMI assegura que o potencial de crescimento mantém-se inalterado.

O FMI prevê uma recessão mundial de 4,4% em 2020 e uma recuperação de 5,2% em 2021.

Fontes