Brasil • 22 de maio de 2006

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O Deputado João Batista Oliveira de Araujo “Babá” do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) do Río de janeiro defendeu em discurso na Câmara dos Deputados a liberdade do líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) Olivério Medina, preso pela Polícia Federal em 24 de agosto de 2005. O pedido de prisão do colombiano Olivério Medina foi expedido pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, que atendeu uma solicitação do governo da Colômbia, o qual acusa Medina de homicídio e terrorismo, além de suas ligações com as FARC.

Babá defendeu no dia 11 de maio deste ano na Câmara a liberdade e o asilo político de Medina. O discurso do parlamentar brasileiro foi traduzido para o espanhol e reproduzido no website das FARC-EP.

No seu discurso, Babá disse:

"Padre Oliverio é um homem de fé e de luta, com ideais nascidos das lutas; um teólogo e pastor totalmente envolvido com a luta e o sofrimento dos colombianos que vivem à margem da dignidade humana e da riqueza que está na mãos de pequena parcela da população, a exemplo da minoria rica da América Latina. É também conhecido pela sua coragem de colocar a utopia e o Evangelho de Cristo a serviço dos irmãos colombianos, dos excluídos e dos renegados pelo Governo elitista, entreguista e conservador do Sr. Álvaro Uribe, governo a serviço aos interesses dos Estados Unidos."

E acrescentou:

"A libertação do Padre Oliverio Medina é indispensável para se fazer o devido reparo ao malferimento dos direitos humana. Sua arbitrária prisão representa profundo retrocesso nos fundamentos do Estado Democrático de Direito e nos princípios de autodeterminação dos povos brasileiro e colombiano".

O deputado pediu uma decisão imediata em relação à situação do colombiano no Brasil:

"É inaceitável que o Comitê Nacional para os Refugiados do Ministério da Justiça continue a adiar a decisão de assegurar o direito de permanência do Padre Oliverio em território brasileiro".

O Deputado Babá (PSOL_RJ) também disse:

"A libertação do Padre Oliverio Medina é urgente. A garantia de ele ficar no Brasil é um ato humanidade. A extradição representará uma sentença de morte e abrirá grave precedente para a onda de criminalização e extermínio dos lideres dos movimentos de esquerda na América Latina".

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Fontes