Vancouver • 6 de dezembro de 2018

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A Huawei é uma das maiores fabricantes de celulares do mundo

Wanzhou Meng, atual diretora financeira e filha do fundador da fabricante foi detida em Vancouver, a pedido dos Estados Unidos.

A polícia canadense prendeu a diretora financeira da Huawei, Wanzhou Meng, após um pedido da justiça americana. A executiva é suspeita de ter violado sanções dos Estados Unidos ao Irã. O jornal “The Globe and Mail” deu a notícia da prisão da diretora nesta quarta-feira, 5 de dezembro, mas afirmou que a prisão ocorreu no sábado, dia 1º. Em resposta ao jornal, a justiça canadense confirmou o pedido de extradição da executiva para os Estados Unidos, e que uma audiência está marcada para sexta, dia 7 de dezembro. A Huawei, através de nota, diz que desconhece atividades ilegais de sua executiva e que confia que a justiça tomará uma conclusão justa.

As tensões entre a empresa e o governo dos Estados Unidos começaram em 2016, com suspeitas de espionagem chinesa, e se agravaram desde a posse de Donald Trump. O presidente americano assinou um decreto banindo o uso de equipamentos da Huawei pelos departamentos do Governo, citando preocupações com a segurança do país. Em 2018, um grupo de políticos americanos enviou um apelo ao Google para que cessasse sua parceria comercial com a Huawei.

China exige soltura e esclarecimentos

O governo chinês reagiu mal à prisão de Wanzhou Meng: exigiu que o Canadá forneça explicações sobre a detenção e também a libertação da executiva, sob a afirmação de que os direitos da mesma devem ser respeitados. A prisão da diretora financeira da Huawei estremeceu novamente as relações diplomáticas e comerciais entre EUA e China. Na cúpula do G-20, os dois países concordaram em estabelecer tréguas nas taxações de produtos de ambos os países. Agora, investidores estão apreensivos que a situação no Canadá possa colocar por água abaixo as conversações entre Washington e Pequim.

Fontes