Brasil • 18 de agosto de 2005

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Foi preso terça-feira (16) o advogado Rogério Tadeu Buratti. Buratti trabalhou como secretário municipal de Ribeirão Preto, na gestão do então prefeito Antonio Palocci, que atualmente é ministro da Fazenda.

A prisão foi feita a pedido do Ministério Público de Ribeirão Preto. As acusações contra ele são: lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e destruição de provas. Buratti está detido no Centro de Detenção Provisória de Ribeirão Preto.

A polícia conseguiu gravar conversas telefônicas entre Rogério Buratti e o corretor Claudinei Mauad. Nessas conversas, Buratti pediu para que Mauad fizesse desaparecer alguns documentos, o que foi considerado pelo Ministério Público como obstrução de prova e razão para solicitar a prisão preventiva.

O promotor Aroldo Costa Filho disse que o corretor Claudinei Mauad, ajudou Rogério Buratti a adquirir fazendas, e que elas foram usadas para lavar dinheiro. Segundo ele, R$ 2,6 milhões podem ter sido lavados dessa maneira.

Buratti também está a ser investigado por ter supostamente participado de fraudes em licitações para a coleta de lixo em Ribeirão Preto. A empresa Leão Leão, da qual Buratti foi vice-presidente, é suspeita de participar das fraudes. Além dessas fraudes, o ex-secretário municipal é acusado de praticar extorsão contra a empresa de tecnologia Gtech. Os ex-diretores da empresa disseram que eram extorquidos por Waldomiro Diniz , ex-assessor do Ministro da Casa Civil José Dirceu, para que renovassem o contrato com a Caixa Econômica Federal e contratassem Rogério Tadeu Buratti como consultor.

Em depoimento para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos, Buratti disse que não teve mais contatos com Antonio Palocci depois que este deixou de ser prefeito em Ribeirão Preto. Todavia, documentos enviados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo para a CPI dos Bingos informam que Buratti telefonou para o Ministro Palocci em 2004.

A assessoria de Comunicação Social do Ministério da Fazenda alegou que os contatos entre o Ministro Antonio Palocci e Buratti, foram "apenas sociais e eventuais; esporádicos" nos últimos anos.

Fontes