19 de novembro de 2021

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Agência VOA

As Forças de Defesa e Segurança (FDS) de Moçambique mataram 12 insurgentes na província moçambicana de Cabo Delgado e recuperaram armas.

A revelação foi feita nesta sexta-feira, 19, pelo novo ministro da Defesa, na sua primeira aparição pública após a posse, ao intervir na cerimônia de encerramento de cursos militares em Maputo.

“Esta manhã fui informado de que em Nangade as nossas forças entraram em contacto com o inimigo, tendo colocado abaixo 12 elementos, incluindo também feridos e, na sequência, recuperamos algumas armas”, revelou Cristóvão Chume, quem indicou existir já um “momento de paz” em certos distritos que começam a ver chegar seus residentes que tinham fugido devido aos ataques.

O ministro afirmou que as forças conjuntas, integradas pelas FDS e pelos contingents da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral, a SAMIM (sigla da missão em inglês), e do Ruanda “estão passo a passo a acompanhar o movimento do inimigo” e garantiu que “a dimensão da insurgência reduziu-se”.

Entretanto, apesar deste avanço, o antigo chefe do Exército moçambicano reconheceu haver pequenos ataques em aldeias dispersas.

“É aqui onde está a maior responsabilidade das nossas forças: conseguirem antecipar-se em relação às intenções do inimigo e temos vindo a conseguir isso”, destacou Cristóvão Chume, que pediu “paciência” aos moçambicanos.

Em julho, as forças conjuntas, entre elas cerca de quatro mil tropas do Ruanda e da SAMIM, iniciaram uma ofensiva contra os insurgentes que desde outubro de 2017 têm aterrorizado a província de Cabo Delgado, provocando mais de três mil mortos, cerca de 850 mil deslocados e muita destruição de infraestruturas.

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