30 de dezembro de 2020

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Ontem, o website especializado em meteorologia Metsul reportou que “a pressão atmosférica atingiu hoje na Mongólia valores extraordinariamente altos e, se corretos, em níveis jamais registrados no planeta e recordes mundiais. Meteorologistas descreveram a pressão atmosférica hoje na Mongólia como 'insana'."

Dados divulgados pelo serviço meteorológico do país asiático apontaram pressão muito alta em diversas cidades, que chegou a 1094,9 hPa em Bajdrag. Em 2016, durante uma onda de frio, uma estação do país chegou a reportar 1.098,2 hPa, mas a Organização Meteorológica Mundial (OMM) não validou a informação – e não se sabe se o fará agora. A maior pressão para altitudes inferiores a 750 metros continua sendo, oficialmente, a registrada pela OMM em 31 de dezembro de 1968, com 1083,8 hPa em Ágata, na Sibéria.

O especialista em meteorologia Juan Jose Villena, colaborador do website Tiempo, da rede Meteored, escreveu, também ontem, que os barômetros “explodiram na Ásia” – de modo figurado, claro.

Ele também chamou atenção para uma “reação em cadeia” que está ocorrendo no Leste Asiático com a atuação de dois centros de alta pressão (anticiclones): o que está sobre a Mongólia e a Sibéria e o que está sobre o Japão. Neste último país, no entanto, a pressão deve ficar em torno de 995 hPa e pode haver um fenômeno que o sul do Brasil conheceu meses atrás: a ciclogênese explosiva ou ciclone-bomba.

Segundo Juan, o anticiclone da Mongólia e da Sibéria está dando lugar, em seu flanco oriental, a um importante fluxo do norte que articulará uma grande onda de Rossby com baixíssimas temperaturas em todas as camadas. Haverá registros da ordem de -30 a -40ºC na camada de 500 hPa (cerca de 5.500 metros de altitude) ao noroeste do Japão e de -10ºC na camada de 850 hPa.

Hoje a Sibéria, devido ao fenômeno em atuação, registrou -50ºC.

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Fontes