28 de março de 2021

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Por Your Weather - Meteored

Um estudo conduzido pela Universidade de Cambridge concluiu que as secas e ondas de calor que ocorreram no verão na Europa se intensificaram nos últimos anos e são as mais severas nos últimos 2.000 anos.

Secas recentes mais severas

O aquecimento global tem causado anomalias de temperatura em diferentes partes do mundo e nos últimos anos, principalmente a partir de 2014, na Europa a anomalia positiva de temperatura no verão tem se acentuado, com secas e ondas de calor mais intensas.

Essas secas e fortes ondas de calor favoreceram a ocorrência de grandes incêndios florestais e tiveram consequências ecológicas e econômicas devastadoras para o Continente Europeu. Além disso, os baixos níveis dos rios prejudicaram tráfego marítimo e afetaram o resfriamento das usinas nucleares.

O estudo da Universidade de Cambridge, publicado na revista Nature Geoscience, é baseado na análise dos isótopos de carbono e oxigênio de 27.000 anéis de crescimento de 147 carvalhos na Europa Central que datam do Império Romano e conclui que essas secas foram as piores em nos últimos 2.000 anos. De acordo com a professora. Ulf Büntgen, os resultados do estudo, com uma série de dados inéditos, mostram que a seca e as ondas de calor vividas são extraordinárias.

Além do aquecimento global, a posição da corrente de jato na atmosfera, intenso fluxo de ar, ventos excepcionalmente fortes a cerca de 11km de altitude, também podem ter contribuído para essa situação extraordinária.

Futuro

Os cientistas preveem ondas de calor e secas mais extremas e mais frequentes no futuro, que podem ser devastadoras para a agricultura, os ecossistemas e as sociedades. Em meados deste século, espera-se que as secas se tornem mais frequentes e ameacem vários setores, desde o abastecimento de água e energia até o transporte fluvial e a agricultura.

De acordo com o Centro Comum de Investigação (CCI), na Europa, a sub-região do Mediterrâneo, que já está sofrendo mais com a escassez de água, deve ser a mais afetada negativamente pela mudança climática e no que diz respeito às secas. Com o aumento do aquecimento global, espera-se que déficits de fluxo nessa região ocorram com mais frequência e sejam mais graves e prolongados.

Os pesquisadores dizem que se as temperaturas globais subirem 3 graus, mais 11 milhões de pessoas e 4,5 milhões de hectares podem ser expostos anualmente a secas que costumavam ocorrer apenas, em média, uma vez a cada dez anos. No futuro, a situação de seca será mais grave devido à combinação de altas temperaturas e maior evaporação, levando a maiores perdas de água.

Dado que as secas estão cada vez mais diminuindo os recursos hídricos do continente, é importante que as populações e as economias encontrem novas formas de se adaptar.

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