Agência Brasil

12 de setembro de 2008

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Em retaliação ao presidente boliviano Evo Morales, o governo dos Estados Unidos decidiu ontem (11) expulsar do país o embaixador da Bolívia no país, Gustavo Guzmán. A medida, alegou o Departamento de Estado norte-americano, seguiu os princípios diplomáticos internacionais, segundo os quais um país pode reagir a ações hostis de um país com medidas semelhantes.

Em resposta a uma ação desmotivada e de acordo com a Convenção de Viena [acordo do século 19 que rege a diplomacia internacional], informamos oficialmente o governo da Bolívia da nossa decisão de declarar o embaixador boliviano nos Estados Unidos, Gustavo Guzmán, persona non grata

Com relação aos conflitos entre governo e oposição que atingem a Bolívia, o Brasil reiterou hoje (11) o apoio a Evo Morales. O assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, afirmou que o Brasil não irá tolerar "uma ruptura do ordenamento institucional boliviano".

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, defendeu uma intervenção na Bolívia em caso de golpe. Chávez disse que apoiará qualquer movimento armado, caso a oposição derrube o governo de Morales.

Até o momento, os conflitos na Bolívia já deixaram oito mortos e 20 feridos.

Na quarta-feira (10), o presidente boliviano, Evo Morales, decidiu expulsar o embaixador norte-americano no país vizinho, Philip Goldberg. O chefe de Estado alegou que o diplomata atuava de forma antidemocrática e conspirava contra a unidade do país.

Ao anunciar a retirada do embaixador, Morales, afirmou ainda que a decisão representa uma homenagem à “luta histórica do povo boliviano contra o modelo neoliberal e contra toda forma de ingerência estrangeira”.

Hoje mais cedo, o Departamento de Estado tinha emitido comunicado em que considerava um erro grave a expulsão de Goldberg. O governo dos Estados Unidos alegou que o ato de Morales prejudicou as relações entre os dois países e terá impacto principalmente no auxílio fornecido pelos norte-americanos no combate ao tráfico de drogas e em projetos de desenvolvimento.

Fontes