27 de fevereiro de 2022

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A União Europeia, os Estados Unidos e o Canadá se comprometeram a retirar os bancos russos do Swift, o sistema internacional de transferência de dinheiro que conecta bancos em todo o mundo, disse a Comissão Europeia em comunicado divulgado hoje (27).

“Isso garantirá que esses bancos sejam desconectados do sistema financeiro internacional e prejudiquem sua capacidade de operar globalmente”, informaram com um comunicado.

Swift é uma engrenagem cautelosa, mas importante no mecanismo das transações financeiras internacionais, e sua exclusão é uma das sanções mais danosas que o Ocidente poderia impor em resposta ao ataque da Rússia à Ucrânia.

De acordo com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que anunciou as novas sanções, elas afetam 70% do sistema bancário do país e das principais empresas estatais, que são governadas pelo presidente Vladimir Putin.

A segunda medida anunciada pelo grupo foi a de impor uma restrição para impedir que o banco central russo utilize suas reservas internacionais de forma a enfraquecer o impacto das sanções.

Por fim, os líderes europeus e norte-americanos prometeram que na próxima semana formarão uma força-tarefa para garantir que sanções financeiras sejam impostas e para identificar e congelar os ativos de indivíduos e empresas sancionados.

A Rússia é o segundo maior país usuário depois dos Estados Unidos, com cerca de 300 instituições financeiras pertencentes ao sistema, segundo a associação nacional RosSwift. Mais da metade de todas as instituições financeiras na Rússia são membros do Swift.

A Rússia possui uma infraestrutura financeira doméstica, incluindo o sistema SPFS para transferências bancárias e o sistema Mir para pagamentos com cartão, semelhante aos sistemas Visa e Mastercard.

Em novembro de 2019, Swift “suspensou” o acesso de alguns bancos iranianos à sua rede. A medida ocorre em meio a sanções dos Estados Unidos ao Irã e ameaças do então secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, de que Swift seria alvo de sanções dos Estados Unidos se não concordasse.

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