20 de setembro de 2020

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Agência VOA

Nos Estados Unidos, líderes políticos, personalidades e cidadãos comuns continuam a manifestar o seu pesar pela morte na noite de sexta-feira (18), da juiza do Supremo Tribunal, Ruth Bader Ginsburg, ou RBG como era também conhecida na imprensa.

Com a bandeira a meia haste na Casa Branca, no Capilólio, no Supremo Tribunal e em todos os edifícios federais, Ginsburg tem sido alvo dos mais rasgados elogios dos mais diversos quadrantes políticos do país.

Ontem, após a notícia da morte dela ao 87 anos de idade devido a complicações ligadas a um cancro no pâncreas, uma multidão dirigiu-se ao edifício do Supremo Tribunal para depor flores e prestar a sua homenagem.

"Ela teve uma vida maravilhosa. O que mais se pode dizer? Ela era uma mulher incrível", disse o Presidente aos jornalistas em Minnesota, onde se encontrava em campanha, logo após saber da morte de Ginsburg.

"Estou triste em ouvir isso", concluiu o Presidente para, mais tarde, em comunicado destacar a figura da juiza.

"Hoje, a nossa nação lamenta a perda de um titã da lei. A juiza Ginsburg demonstrou que pode-se discordar sem ser desagradável para com os colegas ou pontos de vista diferentes", escreveu Trump.

Por seu lado, o candidato democrata à Presidência, Joe Biden, lembrou que "ela foi feroz e inflexível na sua busca por ... direitos civis para todos e que asopiniões e divergências vão continuar a moldar a base da lei por gerações".

Por seu lado, o presidente do Supremo Tribunal, John Roberts, em comunicado, que deu a notícia, afirmou que a "a nação perdeu uma jurista de estatura histórica e nós perdemos uma querida colega".

"Hoje estamos de luto, mas estou certo que as futuras gerações vão lembrar Ruth Bader Ginsburg, como nós a conhecemos, uma incansável e decidida campeã da justiça".

O chefe de Gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, juntou-se à nação "pela perda da juíza Ruth Bader Ginsburg, uma pioneira, uma servidora pública dedicada e uma inspiração para muitos", escreveu no Twitter.

O presidente do Comité de Justiça da Câmara dos Representantes, Jerrold Nadler, disse que "Ginsburg deixou uma marca indelével neste país, e sua perda será profundamente sentida".

Para aquele representante democrata, "ela será lembrada por sua mente brilhante, sua sagacidade afiada e sua luta tenaz e duradoura para proteger os direitos das mulheres neste país (…) e devemos homenagear esta mulher notável que nunca desistiu de uma luta e nunca teve medo de defender o que ela acreditava".

O republicano e presidente do Comité de Justiça do Senado, Lindsey Graham, revelou ter sido "com grande tristeza que soube da morte da juiza Ginsburg, uma pioneira que possuía uma paixão tremenda por suas causas".

A vénia dos antigos Presidentes

Os antigos Presidentes americanos também já reagiram à morte de RBG.

"Ao longo de uma longa carreira em ambos os lados do tribunal - como um litigante implacável e uma jurista incisiva - a juiza Ginsburg ajudou-nos a ver que a discriminação com base no sexo não é um ideal abstrato de igualdade, que não só prejudica mulheres, mas que tem consequências reais para todos nós. É sobre quem somos e quem podemos ser", escreveu no Twitter Barack Obama

O antigo Presidente republicano George W. Bush destacou que a juiza Ginsburg dedicou "muitos dos seus notáveis 87 anos à procura de justiça e igualdade e inspirou mais de uma geração de mulheres e meninas."

Por seu lado, o antigo Presidente democrata, Bill Clinton, que nomeou RBG para o cargo em 1993, disse que os Estados Unidos perderam "uma das juízas mais extraordinárias de todos os tempos no Supremo Tribunal.

"A vida de Ruth Bader Ginsburg e as opiniões marcantes nos aproximaram de uma união mais perfeita e as suas ponderosas advertências nos lembram do perigo de nos afastarmos dos fundamentos da nossa Constituição", acrecentou Clinton.

O também antigo Presidente democrata emitiu um comunicado no qual realçou "uma mente jurídica poderosa e uma defensora ferrenha da igualdade de género, que foi um farol de justiça durante sua longa e notável carreira.

E rematou que sente-se orgulho de a ter nomeado em 1980 para o tribunal de recursos.

RBG, uma destacada liberal e a segunda mulher a servir no Supremo Tribunal, morreu em casa em Washington, cercada por sua família, de acordo com um comunicado do tribunal.

Era a mais antiga juiza na corte suprema e tinha 87 anos.

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