21 de dezembro de 2020

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Washington está "preparada para reagir" se Teerã lançar um ataque para marcar o primeiro aniversário da morte do general iraniano Qasem Soleimani, advertiu no domingo o chefe das forças dos Estados Unidos (EU) no Oriente Médio. "Estamos preparados para nos defender, como a nossos amigos e parceiros na região e estamos preparados para reagir se necessário", disse a jornalistas o general Kenneth McKenzie, que chefia o Comando Central dos EU (Centcom).

McKenzie estava viajando pela região semanas antes do aniversário de um ano da morte de Soleiman, ocorrida em 3 de janeiro de 2020 durante um ataque feito com um drone perto do aeroporto de Bagdá. "Minha avaliação é que estamos em uma posição muito boa e estaremos preparados para qualquer coisa que os iranianos ou representantes agindo em seu nome decidam fazer", disse McKenzie, um general da Marinha, a um grupo de jornalistas durante uma entrevista por telefone de um local não revelado na região.

O comandante do Centcom disse que visitou recentemente Bagdá, onde se encontrou com o chefe da coalizão anti-jihadista, o general americano Paul Calvert, bem como com o chefe do Estado-Maior do Exército iraquiano, general Abdul Amir Yarallah.

McKenzie disse que também foi à Síria para se encontrar com representantes das forças dos EU posicionadas no sul, na pequena base de Al-Tanf, perto da fronteira com a Jordânia e o Iraque.

Num aparente sinal de preocupações dos EU sobre as intenções iranianas para vingar a morte de Soleimani, a atual turnê de McKenzie não havia sido anunciada com antecedência. Da mesma forma, as visitas da semana passada do general Mark Milley, presidente do Estado-Maior Conjunto dos EU, ao Catar, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Israel e Afeganistão foram mantidas em segredo até que ele deixasse a região.

"Falo com meus comandantes sobre isso todos os dias e acho que estaremos prontos", disse McKenzie.

Mesmo enquanto o Exército dos EU continua retirando tropas do Iraque e do Afeganistão, após uma ordem do presidente Donald Trump - com uma meta de reduzir a presença para 2.500 militares em cada país até 15 de janeiro - o Pentágono reforçou substancialmente sua posição em torno do Iraque para dissuadir o Irã de fazer qualquer ataque.

O porta-aviões USS Nimitz tem patrulhado as águas do Golfo desde o final de novembro e dois bombardeiros B-52 dos EU sobrevoaram a regiãorecentemente numa demonstração de força claramente direcionada ao Irã e a seus aliados.

Ainda assim, uma saraivada de foguetes explodiu no domingo (20/12) perto da embaixada dos EU em Bagdá, causando danos materiais, mas sem vítimas, segundo as forças de segurança iraquianas.

Foi o terceiro ataque a instalações militares e diplomáticas dos EU desde que uma trégua por tempo indeterminado foi acordada com grupos pró-iranianos em outubro passado.

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