18 de novembro de 2020

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A América Latina não terá lugar prioritário na agenda de política externa do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, segundo um especialista em assuntos políticos norte-americano Wilson Center.

Daniel Zovatto, cientista político e jurista argentino especializado em democratização, eleições e governança, examinou a possível relação de Biden com a região latino-americana durante sua apresentação no fórum “O que o mundo espera do presidente eleito Joe Biden?”, transmitida na terça-feira.

Segundo Zovatto, a maioria dos governos latino-americanos vê a vitória de Biden com “otimismo moderado”. “Biden conhece muito bem a região e se preocupa. Por outro lado, a região o conhece bem. Claro, a América Latina não será uma prioridade para Biden”, alertou.

Para ele, a nova administração da Casa Branca terá uma abordagem mais "previsível e estratégica" para a América Latina, com uma "nova política" que enfatizará o respeito mútuo e as relações multilaterais.

Zovatto destacou que a maioria dos presidentes da região parabenizou Biden por sua vitória eleitoral, com exceção de Jair Bolsonaro, do Brasil, e Andrés Manuel López Obrador, do México.

Ficou impressionado com o fato de que os dirigentes dos governos de Cuba, Nicarágua e México, que qualificou de "autoritários", tenham manifestado interesse em restabelecer as relações com os Estados Unidos "nos termos mais positivos".

O professor universitário Eduardo Gamarra, especialista em ciência política, afirma que pandemia será um dos focos de Biden; aumentar a “resiliência democrática” para garantir a estabilidade política; sua tentativa de equilibrar o papel da China na região; e outros problemas comuns, como migração e mudanças climáticas.

Biden vai dar “atenção particular” a Cuba, Nicarágua e Venezuela por suas polêmicas eleitorais, assim como ao Brasil, pelo desmatamento da Amazônia, Zovatto antecipou.

Fontes