Agência Brasil

O candidato oposicionista, Rajoy.
O candidato governista, Zapatero.

9 de março de 2008

Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

Os espanhóis abriram hoje (9) as eleições no país com “absoluta normalidade”, informou a Agência de Notícias Lusa, mesmo após uma campanha que ficou marcada pelo assassinato, na última sexta-feira, do ex-vereador socialista Isaías Carrasco. A expectativa é de que mais de 35 milhões de espanhóis elejam neste domingo 350 deputados para o Congresso e 208 senadores.

Carrasco era ex-vereador de Mondragón, no País Basco, região localizada no extremo norte da Espanha. Ele foi morto a tiros na frente da mulher e da filha, na cidade de Arrasate, no norte da Espanha, dois dias antes das eleições gerais no país e no dia em que terminaria a campanha eleitoral. O ministro espanhol do Interior, Alfredo Perez Rubalcaba, afirmou que o ETA (grupo separatista basco) é responsável pelo assassinato do ex-vereador socialista.

O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva enviou ontem (9) uma mensagem ao candidato socialista e presidente do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, em que expressa solidariedade e condena qualquer ato de violência de inspiração política. “O Governo brasileiro tomou conhecimento com grande pesar e consternação do assassinato de Isaías Carrasco, ex-vereador de Mondragón, militante do Partido Socialista de Euskadi e do 'Sindicato Unión General de Trabajadore' (UGT)”, diz um trecho da nota.

Há quatro anos, em março de 2004, os espanhóis foram às urnas sob enorme consternação causada por um atentado contra quatro trens de passageiros nos arredores de Madri, que deixou 191 mortos e mais de 1.800 feridos. Esse atentado foi cometido três dias antes das eleições.

Antes do antentado que vitimou o ex-vereador Isaías Carrasco, o Partido Socialista Obrero Español (PSOE), do primeiro-ministro socialistas José Luis Rodríguez Zapatero liderava todas as sondagens, com quatro pontos percentuais de vantagem sobre o Partido Popular (PP) do candidato Mariano Rajoy.

De acordo com a Agência Lusa, o primeiro-minitro Zapatero foi um dos primeiros dirigentes políticos nacionais a votar, acompanhado da mulher, em Madri, capital da Espanha.

Fontes