10 de agosto de 2023

Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

O jornalista e ativista Fernando Villavicencio, de 59 anos, foi morto ao entrar em seu carro após um comício ontem à noite, no norte de Quito. Ele foi alvejado com diversos tiros, três dos quais atingiram a cabeça. Ele ainda chegou a ser levado a um posto médico, onde, apesar das tentativas de reanimação, foi constatado o óbito.

Conhecido por seu trabalho anticorrupção, ele estava em segundo lugar nas pesquisas eleitorais. Em 2014, durante o governo de Rafael Correa, o candidato chegou a ser preso por injúrias contra o então presidente. Ele também denunciou um esquema chamado Petrochina, que teria causado um prejuízo milionário ao Equador com a venda irregular de petróleo para a China e a Tailândia.

Villavicencio foi deputado federal entre 2021 e 2023, e sua campanha presidencial estava baseada no combate à corrupção. Ele também afirmava que, se eleito, debelaria as quatro máfias responsáveis pelas altas taxas de violência no país, incluindo a Los Lobos, que assumiu a autoria do crime.

O atual presidente, Guillermo Lasso, se declarou "indignado e chocado", imediatamente convocando uma reunião extraordinária do Conselho de Segurança Pública e do Estado (Cosepe). Após a reunião, foi estabelecido o Estado de Exceção.

As eleições acontecem no país no dia 20 próximo, quando serão eleitos um presidente, um vice-presidente e os 137 membros da Assembleia Nacional.

Violência

Villavicencio é a terceira morte durante a campanha eleitoral deste ano. Antes dele, em 17 de julho, o candidato à Assembleia Nacional pela Aliança Actuemos, Rider Sánchez, havia sido morto, e uma semana depois, no dia 23, o prefeito da cidade de Manta Manabí, Agustín Intriago, foi assassinado enquanto acompanhava a execução de algumas obras.

Além da violência política, o Equador também é assolado pela violência urbana, envolvendo principalmente crimes de tráfico. "A criminalidade no país fez com que a taxa de homicídios dobrasse em 2022, chegando a 25 mortes a cada 100 mil habitantes", explica o G1.

Fontes