Brasil • 10 de setembro de 2014

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O Tribunal Superior Eleitoral anunciou que a UTC Engenharia, uma das empresas apontadas pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto da Costa, no pagamento de propina, doou pelo menos R$ 12,9 milhões para algumas das principais campanhas eleitorais do país, conforme dados da 2ª parcial da prestação de contas, divulgada no sábado (6). Segundo alguns veículos de mídia do Brasil, a empreiteira fechou contrato com a Petrobras, pagando 3% de propina a políticos.

Ainda segundo informações da mídia, o maior beneficiado da UTC foi o Diretório Nacional do PT, que recebeu seis transferências bancárias entre os dias 14 de julho e 29 de agosto. Os valores variaram entre R$ 200 mil e R$ 2,45 milhões, totalizando transferências no montante de R$ 6,4 milhões. Esses valores podem ter sido usados na campanha presidencial de Dilma Roussef ou repassados a qualquer diretório estadual, ou ainda diretamente à campanha de algum candidato do partido.

Entretanto, Dilma também recebeu doações no valor de R$ 2,5 milhões cada uma, nos dias 5 e 27 de agosto. A UTC aparece na terceira posição de maior doadora à campanha de Dilma, que recebeu, até o momento, R$ 123,6 milhões em doações. O candidato Aécio Neves (PSDB) também recebeu da empreiteira duas transferências bancárias, porém em valores mais baixos: R$ 500 mil cada uma. As doações foram feitas nos dias 28 de julho e 15 de agosto e tiveram como destinatário o comitê financeiro nacional para a Presidência do PSDB.

Em resposta ao UOL, a UTC declarou que "as contribuições eleitorais da UTC são feitas dentro dos limites estabelecidos e na forma da lei". Respondendo às acusações feitas pelo ex-diretor da Petrobras, a UTC disse que atua há 40 anos na área de engenharia industrial e há mais de 50 anos no setor de infraestrutura e que "repudia qualquer insinuação que relacione seu nome a práticas ilegais". A direção do PT não respondeu ao e-mail do UOL, enquanto o comitê de Aécio disse que todas as doações são "transparentes e seguem rigorosamente as regras previstas pelo TSE".

Fontes