Agência VOA

Governador teria sido avisado de que administrador do Lobito o queria envenenar pelo empresário que agora é acusado de injúria e difamação.

1 de dezembro de 2014

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É já no próximo dia 8 que vai a julgamento o empresário Agostinho Justo Mega, acusado de injuria e difamação.

Segundo a acusação, o empresário teria acusado o administrador do Lobito, Amaro Ricardo de tentar envenenar o governador Isaac dos Anjos num jantar preparado pela administração do Lobito.

O caso envolve também acusações feitas contra o administrador que estaria a vender enormes parcelas de terreno e que este considera de injúria e difamação.

Depois da falha processual que forçou o adiamento da primeira audiência, há uma semana, o Tribunal começa a decidir se Isaac dos Anjos abdicou do jantar e da pernoita na cidade portuária devido a uma mensagem telefónica.

A acusação, extraída dos Autos de Instrução Preparatória, indica que o empresário afirmou que o envenenamento teria sido orquestrado pelo administrador, Amaro Ricardo, que se sente injuriado e difamado também por insinuações de que estará a vender enormes parcelas de terrenos.

A 26 Junho de 2013, no termo de uma jornada de campo, o governador de Benguela optou por abdicar da refeição, presumindo-se que a recusa tenha sido determinada pela suposta mensagem.

A defesa do arguido chegou a solicitar a presença de Isaac dos Anjos no Tribunal do Lobito, mas o Ministério Público refere que esta hipótese deixou de fazer sentido. De igual forma, fica descartada a presença do secretário-geral do MPLA, Julião Mateus Paulo "Dino Matross", a quem o empresário teria endereçado uma carta a dar conta de negócios com parcelas de terra.

Lourenço Paulo, agente do Ministério Público junto do Tribunal do Lobito, disse que a carta e as declarações fazem parte do processo de acusação pelo que não é necessária a presença dos dois. Em resposta, o advogado do arguido, Joaquim Machila, fala em simples indiciações que terão de ser provadas em julgamento.

O cidadão Domingos Pedro, uma das testemunhas de Agostinho Justo, afirma que as acusações são “um absurdo” porque é do conhecimento que o governador cancelou o jantar para regressar a Benguela por falta de alojamento para a sua comitiva.

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