Agência Brasil

10 de julho de 2008

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O embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Clifford Sobel, disse ontem (9) a senadores brasileiros que o reparecimento da Quarta Frota da Marinha americana - que estava desativada desde 1950 - em águas da América Latina visa a construir e reforçar parcerias com nações da região.

“O embaixador disse aos senadores que a Quarta Frota é unidade administrativa projetada para oferecer uma organização mais eficiente e facilitar o uso de recursos navais na região em apoio a missões de paz, esforços de assistência humanitária, respostas a desastres, operações contra o tráfico de narcóticos e exercícios tradicionais com as marinhas de nações parceiras”, informa comunicado divulgado pela embaixada norte-americana no Brasil.

Sobel ainda teria enfatizado aos senadores Pedro Simon (PMDB-RS), Eduardo Suplicy (PT-SP), Cristovam Buarque (PDT-DF) e João Pedro (PT-AM) que a Quarta Frota não terá navios permanentes e será composta por 120 pessoas baseadas no estado da Flórida.

O encontro foi solicitado pelos senadores porque existiam rumores de que a reativação da Quarta Frota teria sido motivada pela descoberta de petróleo a 300 quilômetros da costa marítima brasileira ou por uma tentativa de controlar países da região com governos considerados "incômodos" por Washington, especialmente a Venezuela.

"Nós gestionamos a preocupação porque historicamente ocorreram na América Latina situações de intervenções norte-americanas que resultaram em fatos que não trazem boas lembranças. Vamos continuar acompanhando e manifestamos intenção de, se possível, dialogarmos com os candidatos à presidência dos Estados Unidos nas eleições deste ano", relatou Suplicy.

No último dia 2, em entrevista coletiva no encerramento da 35ª Reunião de Cúpula do Mercosul, na cidade argentina de San Miguel de Tucumán, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que seria necessário os Estados Unidos “explicarem a lógica desta Quarta Frota .”

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