13 de fevereiro de 2008

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O cineasta estadunidense Steven Spielberg anunciou que não mais participará das cerimônias de abertura e encerramento das Olímpiadas de Pequim. Spielberg disse que "foi sua consciência que não permitiu que ele continuasse a participar".

Spielberg disse: "Eu acrescento minha voz àqueles que pedem para que a China mude sua política em relação ao Sudão e pressione o governo sudanês a aceitar a entrada das forças de paz das Nações Unidas para proteger as vítimas do genocídio em Darfur".

Segundo Spielberg sua decisão é por causa da insistência de o governo chinês em apoiar o governo do Sudão: "O governo do Sudão tem boa parte da responsabilidade por esses crime, e a comunidade internacional, e principalmente a China, deveriam fazer mais para levar a término a continuação desse sofrimento humano".

Na região de Darfur, no oeste do Sudão ocorre um conflito armado que vitimou pelo menos 50 000 pessoas segundo a Organização Mundial da Saúde (setembro de 2004). Acredita-se que o governo sudanês forneça armas e assistência além de participar de ataques junto a grupo de milicianos, embora negue isso publicamente.

Além de comprar boa parte do petróleo sudanês, a China vende armas para o Sudão.

Spielberg foi convidado em 2007 pelo diretor Zhang Yimou a participar das cerimônias olímpicas de Pequim. Sua participação foi criticada por ativistas, entre eles Mia Farrow que teria dito: "Será que o Sr Spielberg quer mesmo entrar para a História como a Leni Riefenstahl dos Jogos de Pequim?".

Fontes