18 de junho de 2013

Trem Serie 593 da Renfe em Retiro (Buenos Aires, Argentina), prestando serviços na empresa argentina Trens de Buenos Aires (TBA)
Imagem: Galio.
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Trem em Buenos Aires
Imagem: WillaMissionary.

Na quinta-feira, 13 de Junho passado, chocaram dois trens do Sarmiento na estação Castelar. O resultado foi três mortes, 315 feridos, maquinistas detidos e muitas dúvidas.

O acidente ocorreu por volta das sete horas da manhã da quinta-feira 13 de junho na estação de Castelar, à altura do cruzamento Zapiola. Dois trens que circulavam sentido ao Moreno colidiram. Não se sabe os motivos, as hipóteses são muitas e o temor volta na gente que todos os dias, utilizam o meio de transporte ferroviário para ir a trabalhar, por geral, na província de Buenos Aires para Capital. O fato trouxe à memória de todos a tragedia de Once, como é reconhecido quando no último mês de fevereiro, um trem se chocou contra a dita estação, deixando 70 mortos, feridos e hipótese, ainda sem descartar.

Um dos trens se encontrava parado sobre as vias esperando o sinal para chegar sentido a Moreno, quando outro trem, no mesmo sentido, o bateu por trás, havendo passado três sinais de advertência e não respeitar-las. Aparentemente, pelas primeiras perícias do GPS, em vez de diminuir sua velocidade, aumentava, chegando aos 75 km/h. Esta formação atingiu de trás à que se encontrava parada e elevou 2 metros o último vagão. O saldo foram três vítimas fatais, dois homens e uma mulher. Muitos acidentados permanecem em terapia intensivos. Um bebê de dois anos precisou sofrer a amputação de uma das pernas. Os feridos foram transferidos a vários hospitais da região, foram utilizados vinte ambulâncias do SAME SAMU e um helicóptero de urgências. A maioria dos passageiros eram entre 25 e 40 anos, considerando-se que eles eram pessoas que se moviam a seus empregos, muitos deles, às sete horas da manhã.

A formação que se encontrava detida era a 3725 chapa 19, como é chamado. O trem que impactou era o 3727 chapa 1.

Os usuários cotidianos

Os delegados da linha Sarmiento garantem que o trem que bateu teve problemas em seu sistema de travagem há meses. Desde o Governo Nacional e a empresa concessionária asseguram que a formação funcionava com normalidade. Por este motivo, ao meio-dia o Ministro de Transportes da Nação Argentina, Florencio Randazzo, deu uma conferência de imprensa na Casa Rosada, onde indicou o saldo de vítimas e feridos, e os lugares onde estes se encontravam, tratando de levar tranquilidade a familiares que desesperados, buscavam a seus entes queridos. Além disso, observou que o trem havia saído de reparos há pouco tempo. Acrescentou: "Não sabemos se foi um acidente ou um sinistro (incidente)", frase que trouxe enormes repercussões, já que nunca faltam que em momentos trágicos, saem a falar sobre de estratégias políticas.

Randazo informou que antes de realizar seu trabalho aos maquinistas, fazem um teste do bafômetro, aos quais haviam dado negativos e que desde a concessão do Sarmiento acusam o motorman (motorneiro), dizendo que cruzou um primeiro sinal de alerta que determina que deve baixar a velocidade e os seguintes três sinais de perigo, o que indicavam por regulamento que diretamente o trem deve ser interrompido, situação que não aconteceu.

Enquanto isso, diretamente o grêmio La Fraternidad, o secretário de imprensa assegurou que o maquinista que conduzia a formação que dirigia com destino a Moreno disse que o trem "não freiou", lhe "falharam nos freios", o motorman (motorneiro) "estava em um estado de choque, tentou frenar e não andando nos freios".

Julgamento dos envolvidos

Após o acidente, os maquinistas foram presos, mas no dia 16 o maquinistas da chapa 1, Daniel López, foi liberado por falta de provas, embora esteja acusado no caso. A noite anterior tinha sido liberado motorman (motorneiro) do trem que estava detido. A liberação de López, segundo o juiz, se deveu a que é uma pessoa sem antecedentes, sem perigo de fuga ou dificultar o desenvolvimento da investigação. Desde o sindicato dos ferroviários afirman que o condutor da chapa 1 é uma pessoa muito precavida, com 31 anos de serviço em sua declaração. Ele afirmou que "os freios não responderam", mas não se lembra se normalizou o não o botão de emergência.

Por outro lado

O titular da Comissão Nacional de Regulação do Transporte, Ariel Franetovich, apresentou ante a Justiça uma documentação onde argumenta-se que os dados recolhidos provaria o normal funcionamento dos freios do trem, acrescentou que não acredita que havia uma falha do material.

No Governo nacional, foi criada uma comissão que tem como objetivo investigar e atingir o esclarecimento, determinando as causas e circunstâncias do choque dos trens no passado quinta-feira 13 de junho. Se encontra detalhada na Resolução 540/2013 assinado pelo ministro do Interior e Transporte,, Florencio Randazzo e na Sexta-feira 14, tratando-se de uma comissão independente de qualquer investigação criminal.

Fontes