24 de maio de 2023

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A dissidência das FARC, autodenominada Estado Maior Central (EMC), assumiu a responsabilidade pelo assassinato de três jovens indígenas da comunidade indígena Murui, recrutados no departamento de Putumayo, localizado no sudoeste da Colômbia.

Num comunicado divulgado na quarta-feira, o grupo armado indica que "à luz dos acontecimentos ocorridos no Putumayo, assumimos a responsabilidade pela morte dos três jovens que foram executados".

Conforme revelou no domingo Carlos Garay, secretário da Comissão de Direitos Humanos Indígena, os menores “tinham entre 14 e 16 anos”. Os dissidentes das FARC também apontaram que os jovens "não foram recrutados à força" para sua integração.

"Denunciamos que o inimigo procura se aproveitar da vulnerabilidade dos povos indígenas para se infiltrar a fim de desmoralizar e cooptar militantes dentro dos acampamentos para violar nossos estatutos, induzindo-os a cometer crimes graves como localização de acampamentos, comandantes e outras operações de inteligência, a fim de criar um ambiente de combate na área", acrescenta o grupo subversivo.

A dissidência também se comprometeu, segundo o comunicado, a reparar a comunidade pelo ato. Ele exortou o país “a cercar o processo de diálogo com o governo nacional” e prometeu delegar uma comissão de paz para atender os povos indígenas amazônicos.

Segundo a Organização Nacional dos Povos Indígenas da Amazônia Colombiana (OPIAC), o assassinato ocorreu no dia 17 de maio, na comunidade El Estrecho, área fronteiriça entre Caquetá e Amazonas.

Este fato levou o governo colombiano a anunciar na segunda-feira a suspensão do cessar-fogo acordado com os rebeldes, acusados ​​de matar recentemente os indígenas.

No domingo, o presidente Gustavo Petro rejeitou o fato que qualificou como "um crime atroz, um tapa na paz que viola os fundamentos do Direito Internacional Humanitário", por meio de uma mensagem em sua conta no Twitter.

Fontes