Haomon,

está evidente que, por esse e por outros artigos, você é de esquerda, é contra os estado opressor, a favor da causa indígena, anti-imperialista, etc... No entanto, podemos nos esforçar para sermos um pouco menos tendenciosos, pois isso abaixa a credibilidade da notícia e da causa. A diferença entre 6 mil e um milhão é muito grande.. não pode a ver esse grau de discordância. Além disso, expõe de forma quase que a caçoar os números apresentados pelos policiais, por mais que devamos pensar duas vezes antes de acreditarmos neles ou na grande imprensa. de qualquer forma, parabéns pelo ativismo. Do mais, a matéria é importante e não ganhou o devido destaque na mídia, como você mesmo citou. o comentário precedente não foi assinado por Feliz (discussão • contrib.)

Olá, Feliz. Antes de tudo, agradeço a você pela crítica. Mas antes de comentá-la devo dizer que não sei em que me enquadro: se sou “de esquerda”, “de direita”, anti-isso ou aquilo. Acho que não é interessante reflexionar sobre tal enquadramento. Tento buscar, escutar e pensar tudo que posso. Finalmente: eu mesmo, quando decidi pôr aqui algo sobre o que ocorre em Oaxaca, pensei que poderiam me achar parcial. Tentarei imediatamente listar alguns motivos para tal. Primeiro, concordando com você, porque eu me solidarizo realmente com aquele povo e, quer queira quer não, acredito eu, isso acaba transpassando de alguma forma para qualquer consideração que eu possa fazer. (Você detectou esse transpassamento.) Segundo, minha principal fonte de informação sobre os conflitos em Oaxaca era o Indymedia e mais recentemente a CartaMaior, meios que, assim como eu, solidarizam-se com aquele povo. Porém, tentei resolver isso buscando outros meios, mais conhecidos e tidos como imparciais. E aí veja que no parágrafo ao qual você se referiu eu apenas cito o que estes meios dizem! Eu não digo que algum deles seja verdadeiro. Veja:
  • Os meios de mídia independentes falam em 500 mil a 1 milhão de pessoas
  • segundo os policiais, apenas 6 mil e 900 pessoas foram às ruas
  • os grandes meios não precisaram, mas, segundo a Agência EFE [publicado na Folha] e o El Universal, o povo ocupava mais de dois quilômetros.
E aqui já detecto um possível erro meu, utilizei a palavra “apenas”. Meu intuito foi evidenciar o distanciamento dos números. Porém, talvez por isso você tenha achado que eu “caçoei” dos policiais. Não sei. E digo, com toda a sinceridade, talvez, não consciente disso, eu realmente quisesse “caçoar” dos policiais.
Feliz, imparcialidade, ao meu ver, é algo impossível quando indivíduo. Há muitas formas de individualmente sermos parciais e ao meu ver nenhuma de sermos imparciais. Porém, temos algo aqui, a possibilidade do acesso à informação. Não o simples acesso, mas como isto é um Wikinotícias, qualquer um, seja de direita, esquerda, anti, pró, tudo ou nada, poderá vir aqui e editar! E essa construção coletiva, com a qual você está muito bem contribuindo agora ao levantar tal questionamento, é que, ao meu ver, pode impossibilitar muitas "parcialidades". E isso faz desse projeto algo importante; muitíssimo importante.
Imagino que se os grandes meios fossem Wikis, teríamos muitas notícias de Oaxaca. E aí sim, teríamos a grande mídia próxima da imparcialidade. Ao meu ver, e continuo com toda a sinceridade que me é possível, a mídia é sim muito parcial. Porém, eles são profissionais, muitos deles o são em fingir-se imparciais, coisas que eu não sou. E aqui está, um outro motivo pelo qual eu desconfiei que pudessem me considerar parcial. Um abraço. -- Haomon[diálogo][+] 05:02, 11 Novembro 2006 (UTC)
Vamos conversar sobre a notícia, modificá-la. Acha que foi mesmo “apenas” que passou idéia de desdenho? O que mais? O que propõe para melhorarmos? -- Haomon[diálogo][+] 05:03, 11 Novembro 2006 (UTC)

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