24 de abril de 2021

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A Dinamarca anunciou recentemente que não renovará vistos de permanência dos migrantes sírios que foram acolhidos pelo país nos últimos anos, ao fugirem do longo conflito armado entre o governo e opositores, incluindo combatentes do Estado Islâmico.

No entanto, a decisão do país, a primeira entre as nações que receberam refugiados da Síria, não foi recebida pacificamente e ontem centenas de pessoas protestaram em frente ao parlamento dinamarquês. No dia 19 passado, o Observatório dos Direitos Humanos (Human Rights Watch), organização com atuação em diversos países, já tinha emitido uma declaração onde afirmava "que atualmente não existem condições em qualquer lugar da Síria para retornos seguros e qualquer retorno deve ser voluntário" e que as autoridades dinamarquesas deveriam cumprir a posição delineada na resolução do Parlamento Europeu no mês passado, que lembrava que a Síria não era um país seguro para onde regressar.

O governo da Dinamarca havia, oficialmente, classificado a Síria como um lugar seguro já em 2019, decidindo que no futuro as autorizações de residência temporária seriam suspensas.

Dinamarca: um país antimigração?"

O debate em torno da migração na Dinamarca não é recente. Em 2016, a própria Rainha Margarida acabou causando polêmica ao dizer que, embora representasse todas as pessoas que eram cidadãs da nação dinamarquesa, ela não via a Dinamarca como um país multicultural. Poucas semanas depois, no final de outubro, ela também disse que "não era uma lei da natureza alguém se tornar dinamarquês morando na Dinamarca".

Na época, o jornal Berlingske chegou a perguntar se a rainha era abertamente antimigração.

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Fontes