27 de fevereiro de 2023

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Agência VOA

Entidades oficiais italianas disseram que pelo menos 58 imigrantes ilegais, incluindo várias crianças, morreram quando o barco em que tentavam chegar à costa italiana se desintegrou. As autoridades disseram que 80 outros sobreviveram, na sua maioria do Afeganistão, alguns do Paquistão e Somália.

Os sobreviventes afirmaram que a bordo encontravam-se entre 140 e 150 pessoas.

O barco tinha saído de Izmir, na Turquia, há alguns dias atrás com imigrantes ilegais do Afeganistão, Irão e vários outros países e afundou-se devido ao mau tempo perto de Steccato di Cutro. O presidente da câmara de Cutro, Antonio Ceraso, disse que várias mulheres e crianças se encontram entre as vítimas. Com a voz marcada pela emoção, Ceraso afirmou ter se deparado com “um cenário que ninguém deve ver durante a vida... um cenário horroroso que fica na memória para toda a vida”.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, disse lamentar “profundamente “ o sucedido e culpou traficantes pelo desastre, enquanto reiterou bloquear as partidas de embarcações com imigrantes ilegais. O ministro do interior Matteo Piantedosi disse ser essencial acabar com as travessias marítimas que oferecem aos imigrantes “a miragem ilusória de uma vida melhor” na Europa, enriquecendo os traficantes e provocando estas tragédias.

Imigrantes continuam a chegar em crescente número

O Ministério do Interior italiano revelou que 13.067 imigrantes ilegais chegaram ao país por barco entre 1 de janeiro e 23 de fevereiro, representando um grande aumento em relação ao mesmo período do ano passado, quando 5.273 chegaram.

Em 2022, um total de 105.129 imigrantes ilegais chegaram à Itália, um grande aumento em relação aos 67.477 que chegaram em 2021 e 34.154 em 2020.

Fontes