Rio de Janeiro • 1 de fevereiro de 2019

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Deputados estaduais tomam posse no Rio de Janeiro

Com seis deputados eleitos presos, tomaram posse dos mandatos hoje (1º) na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) 64 deputados estaduais, de um total de 70. Os deputados presos terão 60 dias para tomar posse, conforme o Regimento Interno da casa.

André Corrêa (DEM), Chiquinho da Mangueira (PSC), Luiz Martins (PDT), Marcos Abrahão (Avante) e Marcus Vinicius Neskau (PTB) foram presos em novembro na Operação Furna da Onça, e Anderson Alexandre (SD) foi preso também em novembro, acusado de participar de esquema de arrecadação ilícita em Silva Jardim, na região serrana do Rio, onde foi prefeito.

A sessão de posse foi comandada pelo deputado André Ceciliano (PT), último presidente da casa e que foi reeleito para a Alerj. Como auxiliar na sessão, Ceciliano convidou Jair Bittencourt (PP).

“Que tenhamos um mandato de bons debates de ideias, que continuemos a buscar o consenso no dissenso, pois o estado do Rio de Janeiro precisa avançar e a vida do povo tem que melhorar. Aos colegas deputados reeleitos e eleitos, boa sorte”, afirmou Ceciliano.

Comissão de ética

O líder do PSOL, deputado Flávio Serafini, cobrou que a Comissão de Ética da Casa atue de forma efetiva na análise dos casos dos parlamentares presos.

“Essa é a cara do que virou a política no estado do Rio de Janeiro e no Brasil. A gente tem seis deputados que estão presos sem terem sido julgados. Por outro lado, o parlamento não se posiciona sobre deputados presos. A gente tem o caso de deputados que estão presos há mais de um ano e a Comissão de Ética da casa não funcionou para apurar sequer as acusações contra eles. O parlamento tem que conseguir julgar os seus próprios membros, não pode delegar para a justiça. Isso é uma negligência que enfraquece a democracia, o combate à corrupção e o próprio parlamento”.

Eleição da mesa

Lançado anteriormente como candidato à presidência da Alerj, o deputado Márcio Pacheco (PSC) informou que abriu mão de concorrer após ser convidado para o cargo de líder do governo.

“O Ceciliano sempre teve uma postura de conciliador, é um bom amigo. É uma pessoa que pertence a um partido que ideologicamente diverge da posição ideológica do PSC. Mas neste momento o nosso partido é o estado do Rio de Janeiro, não cabe aqui defesas ideológicas partidárias para saber o que é melhor pro Rio. Não é o PSC, não é o PT. O partido agora é o Rio de Janeiro e todos temos que estar juntos agora para fazer o melhor pelo Rio”.

Governador

Presente à cerimônia, o governador Wilson Witzel destacou que todos foram eleitos pela esperança de dias melhores para a população, “com mais emprego, desenvolvimento e segurança”. Ele disse que encontrou o estado em situação de “terra devastada” e que pretende fazer uma profunda mudança administrativa.

“Conto com a parceira de cada um dos senhores e das senhoras para que possamos virar essa página triste da história e mudar esse jogo. O povo do nosso estado merece uma nova era e ela será construída não apenas pelo executivo, mas também pelo legislativo e pelo poder judiciário. Em harmonia, mas com independência. Já iniciamos uma transformação profunda na administração, mas ainda há muito o que fazer. Deixaremos para trás o vício da corrupção, trocando a ilegalidade pelas realizações com a marca da legalidade, da ética e da moral”.

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