Agência Brasil

Brasil • 11 de novembro de 2014

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Deputados federais da bancada do Rio de Janeiro e o presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Ângelo Oswaldo, vão pedir ao Ministério do Planejamento o empenho de recursos relativos a três emendas aprovadas em 2013, previstas no Orçamento da União deste ano. Segundo o deputado Jorge Bittar (PT), a preocupação é garantir a liberação dos recursos para renovação do Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, zona norte do Rio de Janeiro.

“Uma vez empenhados ainda este ano, isto é imprescindível, eles [recursos] podem ser executados no ano que vem, porque vão depender apenas da liberação financeira. Agora, nós iremos trabalhar junto ao Ministério do Planejamento para liberar esses recursos”, explicou Bittar à Agência Brasil.

O deputado Hugo Leal (PROS), disse que o Ministério da Cultura está aproveitando a emenda de bancada como rubrica do próprio órgão para dar continuidade ao processo de liberação dos recursos. Ele destacou que fim de ano costuma ser período de redução dos gastos e cancelamento de créditos, mas por serem relativos ao Museu Nacional, o tratamento deve ser diferenciado.

Apesar disso, se não houver descontingenciamento do dinheiro, diante da abertura do período de apresentação de emendas, o deputado já sugeriu à presidenta do Museu, arqueóloga Cláudia Rodrigues Carvalho, reapresentar o projeto ao Congresso. “Nosso processo de apresentação de emendas de 2015 iniciou na semana passada, e teremos, até final de novembro, mais quatro reuniões. Falei para Cláudia ir lá [no Congresso] e reapresentar o projeto. Se a gente não conseguir desta vez, a gente impõe novamente no ano que vem, caso não consiga efetivar o empenho”, adiantou.

As emendas somam R$ 20,95 milhões, dos quais R$ 20 milhões são de emenda conjunta, assinada por parlamentares da bancada fluminense, e duas emendas individuais, de R$ 750 mil, do deputado Alfredo Sirkis (PSB), e de R$ 200 mil, do deputado Chico Alencar (PSOL).

O dinheiro será aplicado na construção de prédio anexo para os departamentos de Invertebrados e de Entomologia, no horto do museu; na restauração e ampliação do prédio da biblioteca, incluindo central de atendimento à pesquisa documental e espaço para convenções; na restauração pictórica das salas históricas do Trono e dos Embaixadores; e na aquisição de novas vitrines para o circuito de exposições permanentes.

Com as obras, a sede do Museu Nacional será destinada exclusivamente às exposições científicas e à educação ampliada. Claudia Rodrigues informou que atualmente apenas 1% do material do museu é exposto à visitação pública, mas após a recuperação do prédio poderá atingir 10%. “Nós temos muito acervo, e teremos condições de redistribuir melhor o acervo e fazer uma quantidade maior de exposições de curta duração, que permitam ao visitante ver outros aspectos do nosso museu, que não são expostas continuamente”, analisou.

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