Brasil • 6 de agosto de 2008

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O deputado Raul Jungmann (PPS-PE) protocolou na segunda-feira (4) na Câmara dos Deputados dois pedidos de informação ao Executivo sobre a suspeita de envolvimento de autoridades com a narcoguerrilha marxista das FARC.

O primeiro pedido foi encaminhado ao Ministro da Justiça, Tarso Genro, sobre a situação jurídica de Olivério Medina, narcoguerilheiro das FARC a quem foi concedido asilo pelo governo brasileiro. Segundo autoridades colombianas, há provas de que Medina teria se aproveitado de sua situação de asilado político do Brasil para continuar suas atividades de colaboração com as FARC, conforme noticiou a Revista Cambio na semana passada.

Segundo a revista, ela teve acesso a 85 emails do computador do líder das FARC Raúl Reyes e em alguns deles Olivério Medina menciona nomes de altos funcionários do governo do Presidente Lula. Medina é foragido da justiça colombiano e vive no Brasil desde 1997. Em 2006 foi agraciado pelo governo com a condição de refugiado político.

O deputado pediu ainda ao Ministro da Defesa, Nelson Jobim, para que ele fornecesse cópias dos documentos que foram enviados pelo governo da Colômbia para o Brasil sobre a eventual relação de brasileiros com as FARC, principalmente aqueles que foram entregues quando o Presidente Lula visitou aquele país.

O vice-líder do partido governista, Luiz Couto (PT-PB) disse que a iniciativa de Jungmann é uma "pirotecnia" e acrescentou:"O padre Olivério já foi absolvido pela Justiça brasileira. Não podemos dar credibilidade a qualquer informação vazia e sem conteúdo (...) Tentam enlamear companheiros e companheiras que têm uma vida em defesa da democracia, contra a tortura, contra o terrorismo e contra essa matança".

O secretário-executivo do Ministério da Justiça negou que tenha havido pressão para que fosse concedido asilo político para Medina.

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