Brasil • 21 de julho de 2006

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Nesta última quinta-feira (20) realizou-se o leilão da Varig, que foi arrematada por sua ex-subsidiária VarigLog, controlada pelo grupo Volo do Brasil, pelo valor de US$ 505 milhões.

Entenda como ficou a Varig

Consta na proposta da ex-subsidiária, aprovada pelos credores na última segunda-feira (17/07), que a "velha Varig", porção da empresa que não foi vendida, permanecerá em recuperação judicial — a dívida estimada é da ordem de R$7,9 bilhões. A Fundação Ruben Berta (FRB) permanece afastada do controle da empresa.

Na divisão, esta parte da companhia ficou com a marca Nordeste Linhas Aéreas, além de uma aeronave, a freqüência São Paulo-Porto Seguro, o Centro de Treinamento de Tripulantes e todos os imóveis. O comprador das operações da Varig deverá gerar um fluxo de caixa anual de R$19,6 milhões por meio do pagamento pelo uso desses serviços, bem como o fretamento da aeronave. A "velha Varig" será composta por 50 funcionários.

Também será criada uma SPE (Sociedade de Propósito Específico) responsável pela emissão de debêntures (títulos de dívida) para os credores. Pela proposta, o pagamento será feito em 20 anos. A Nova Varig adquiriu todas as operações de transporte aéreo regular da Varig e Rio Sul — bem como as duas marcas — e o programa de milhagem Smiles, com seis milhões de usuários e passagens a serem honradas no valor de R$70 milhões.

Quais foram os problemas da Varig

  • Dívidas estimadas em R$ 7,9 bilhões
  • Cancelou milhares de vôos por falta de combustível.
  • Empregados tiveram que trabalhar sem receber salários.
  • O pedido de arresto foi feito por empresas internacionais de leasing.
  • Congelamento das tarifas aéreas nas décadas de 80 e 90 combinadas com a má administração da companhia.
  • Perda de mercado para a TAM e a GOL

Possíveis Soluções

Como primeira medida para sanear a saúde financeira da empresa, a Varig suspendeu todas as rotas, tanto nacionais quanto internacionais, o que causou mal estar para quem já tinha viagem marcada para alguma das rotas canceladas. Mas ao que tudo indica a Varig terá que retomar as rotas, devido a determinação da Anac que a empresa pelo edital da leilão poderia tomar tal medida. Agora, do ponto de vista econômico este será o primeiro de vários problemas a serem administrados pelos novos controladores.

Além da tentativa de hoje, restará a Varig reestruturar o quadro de funcionário, podendo demitir mais de 8 mil, número que ainda depende de quantos aviões a empresa irá dispor. A diretoria afirmou que o propósito é retomar uma empresa de 60 ou 80 aviões o mais rápido possível. Para isso terá que fazer longas negociações com as empresas de leasing,"para que aí a gente possa ocupar o espaço que precisamos no sentido de reconstruir a Varig".

Fontes