24 de maio de 2020

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Agência VOA

O coronavírus está matando milhares e comandando a atenção dos governos em toda a América Latina, mas outra infecção viral mortal também continua sendo um problema para a região: a dengue. A dengue, que é transmitida por mosquitos, tem sido chamada de a "febre dos ossos quebrados" devido às fortes dores físicas que causa.

Médicos e autoridades da Saúde estão preocupados com o efeito da COVID-19 nos países da América Latina. Eles dizem que a chegada do doença desviou a atenção e os recursos da luta contra a dengue. A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) espera que 2020 seja marcado por altas taxas de dengue em toda a região.

Em todo o mundo, a COVID-19 afetou o combate a outras doenças de maneiras diferentes. Na Europa, medidas para impedir o coronavírus baniram a gripe sazonal, mas na África, o fechamento de fronteiras interrompeu o transporte de vacinas contra sarampo e outros suprimentos.

Na América Latina uma epidemia de dengue iniciada no final de 2018 ainda está ativa. As infecções por dengue na região aumentaram acentuadamente, atingindo uma alta histórica de 3,1 milhões de contaminações em 2019, com mais de 1.500 mortes na América Latina e no Caribe. Essa informação vem da OPAS.

Os casos da doença devem começar a diminuir no segundo semestre de 2020, informou a organização.

As epidemias de dengue geralmente acontecem a cada três, quatro ou cinco anos e, com quatro cepas da dengue, as pessoas podem pegar o vírus mais de uma vez, sendo que as reinfecções são mais propensas a serem graves.

"A COVID é a estrela do momento, então toda a atenção está sendo colocada na COVID, mas ainda há problemas com a dengue", disse Jaime Gomez, médico que trabalha num hospital em Floridablanca, na província colombiana de Santander.

A dengue geralmente não é mortal e pode ser tratada com analgésicos, mas alguns pacientes têm problemas de longo prazo, como cansaço, perda de peso e depressão, coisas que afetam sua capacidade de trabalhar. A dengue grave é tratada com medicamentos injetáveis e intravenosos e aqueles que não são tratados correm o risco de ter problemas graves de saúde. Tais tratamentos não podem ser administrados se os pacientes ficarem em casa, preocupados com o coronavírus, ou se os hospitais lotados não puderem recebê-los.

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