Brasil • 3 de dezembro de 2005

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O Ministro da Fazenda do Brasil Antonio Palocci está ameaçado pelas denúncias de corrupção que envolvem assessores, ex-assessores e sua anterior administração na Prefeitura de Ribeirão Preto.

O secretário pessoal do ministro da Fazenda, Ademirson Ariovaldo da Silva, é suspeito de colaborar com os ex-assessores do ministro, Rogério Buratti, Vladimir Poleto e Ralph Barquete (que morreu de câncer em 8 de junho de 2004) no favorecimento a empresas com interesse em contratos públicos.

Rogério Buratti, que trabalhou com Palocci em Ribeirão Preto, foi preso 16 de agosto deste ano, acusado de lavagem de dinheiro, entre outras acusações. Ele colabora atualmente com as autoridades brasileiras, na esperança de ser beneficiado com pelo menos uma redução de pena. Buratti acusou o Ministro da Fazenda de extorquir empresários de colecta de lixo durante a época em que ele era prefeito. Segundo Buratti, os empresários pagavam até R$ 50 mil ao então prefeito Antonio Palocci que encaminhava o dinheiro para o tesoureiro do Partido dos Trabalhadores Delúbio Soares.

Vladimir Poleto também trabalhou com Palocci em Ribeirão Preto. Além de tráfico de influência, ele é acusado de transportar dólares cubanos escondidos em caixas de bebida para o comitê eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva em 2002.

O Ministro Antonio Palocci foi convocado a comparecer perante a CPI dos Bingos para prestar explicações. Seu depoimento à CPI é esperado para as próximas semanas.

Apesar das denúncias, o ministro é preservado e protegido pelos políticos da oposição devido ao receio de que sua queda precipite uma crise econômica.

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