Agência Brasil

Brasil • 10 de julho de 2009

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A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) aguarda decisão da Organização Mundial do Comércio (OMC) para saber a retaliação que será feita aos Estados Unidos pelos subsídios concedidos pelo governo ao setor.

O presidente da Abrapa, Haroldo Cunha, disse à Agência Brasil que os estadunidenses não retiraram os seus subsídios, que são proibidos, e que está aguardando a decisão da OMC sobre o assunto.

O órgão de arbitragem do comércio mundial deveria ter apresentado sua decisão no dia 30 de abril passado. A data, porém, foi prorrogada para 30 de junho e, posteriormente, para 14 de agosto. Em março deste ano, o governo brasileiro pedia US$ 2,6 bilhões por danos causados pelos subsídios dos Estados Unidos ao setor algodoeiro nacional.

Na próxima terça-feira (14), a Abrapa recebe a visita do presidente da Associação de Produtores de Algodão da África, François Traore. Haroldo Cunha disse que a comitiva africana vem conhecer o que o Brasil está fazendo em termos de tecnologia, lavouras, sistemas de produção, com vistas a possível cooperação. A delegação será recebida também na Confederação Nacional da Agricultura (CNA).

Cunha lembrou que já existe uma parceria dos produtores africanos de algodão com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Segundo ele, a entrada, este mês, da Abrapa no conselho da instituição internacional Better Cotton Institute (Instituto para um Algodão Melhor) dará maior voz em nível mundial ao país.

Para o executivo, esse talvez seja o projeto de maior repercussão no mundo na questão ambiental e social, “onde o que se prega é a melhoria contínua no sistema produtivo do algodão, tanto em termos ambientais, quanto em termos sociais e de relações de trabalho”.

O BCI é formado por associações internacionais voltadas para a produção de algodão sustentável.

Fontes