Agência Brasil

7 de julho de 2018

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A Croácia venceu a Rússia nos pênaltis após uma partida difícil, com gols no tempo normal e na prorrogação. A Croácia volta às semifinais de uma Copa do Mundo após 20 anos e tentará, contra a Inglaterra, chegar à sua primeira final de Copa do Mundo.

Kramarić e Vida fizeram os gols da Croácia com a bola rolando. Nas cobranças de pênaltis, o goleiro Subašić fez uma defesa e o brasileiro naturalizado russo, Mário Fernandes, perdeu sua cobrança. Fernandes havia marcado o gol que garantiu o 2 x 2 na prorrogação e levou a disputa para as penalidades.

Apesar de tecnicamente pobre, o jogo teve muita emoção, sobretudo na reta final. A Croácia teve a bola e as iniciativas ofensivas na maior parte do jogo, mas a Rússia mostrou raça e determinação tanto para se defender, quanto para atacar. A torcida russa sentiu o gosto da semifinal algumas vezes durante a partida. Sua seleção terminou eliminada, mas aplaudida pelos russos em Sóchi, orgulhosos de um time que foi muito além do que se esperava.

As semifinais ficaram definidas com França x Bélgica, na próxima terça-feira (10) às 15h, e Inglaterra x Croácia, na quarta-feira (11), também às 15h.

O jogo

A Croácia começou a partida pressionando. Usando a habilidade de seu meio campo, os croatas ditaram o ritmo da partida. A Rússia se defendeu bem e apostava nos contra-ataques, num estilo de jogo que já havia dado certo contra a Espanha.

A Croácia pressionava, mas foram os donos da casa que abriram o placar. Aos 30 minutos, Cheryshev, mais uma vez na Copa, levou a Rússia inteira à loucura. Ele recebeu no ataque e mesmo cercado por quatro croatas, teve espaço para avançar e disparar um lindo chute de fora da área. O goleiro Subašić sequer tentou buscar.

A Croácia, finalmente, fez valer seu volume de jogo e marcou seu gol. Aos 39 minutos, Mandžukić avançou pela esquerda, entrou na área e cruzou na cabeça de Kramarić, que deixou tudo igual.

No segundo tempo, a Croácia retomou o domínio da partida, mantendo-se no campo de ataque a maior parte do tempo. E virou o jogo aos 14 minutos. Após bola levantada na área, passa pelo goleiro Akinfeev. Mandžukić recuperou a bola perto da linha de fundo e jogou para o meio da área. Perišić recebeu e tocou no canto, sem chance para o goleiro. Mas a bola bateu no pé da trave, atravessou toda a extensão do gol e não entrou.

Fechada na defesa, a Rússia esperava oportunidades para o contra-ataque. Os donos da casa atacavam pouco, mas quando o faziam, assustavam a defesa croata. Aos 27, os russos trocaram passes na entrada da área com perigo. A bola foi cruzada para Erokhin, que cabeceou por cima do gol.

A resposta veio aos 31 minutos. Modrić avançou, tocou para Kramarić na direita da grande área. O atacante cruzou para seu companheiro que tocou de cabeça no meio para Modrić. O camisa 10 bateu para o gol, mas a bola desviou e sobrou para Vrsaljko. Ele chutou mas a defesa desviou para escanteio. A Croácia tentou a pressão até os acréscimos, mas não evitou a prorrogação.

A Croácia diminuiu o ritmo na prorrogação. Já não fazia a pressão e alguns de seus jogadores denunciavam o cansaço. Curiosamente, foi quando o time chegou à virada. Aos 10 minutos da prorrogação, o zagueiro Vida aproveitou a cobrança de escanteio e cabeceou no canto esquerdo do gol de Akinfeev. O zagueiro correu alucinado para comemorar seu gol e tirou a camisa enquanto celebrava. Por isso, recebeu cartão amarelo do árbitro brasileiro Sandro Meira Ricci, que cumpriu uma determinação da Fifa.

A partir dos 6 minutos do segundo tempo da prorrogação, a Rússia fez a pressão e conseguiu o empate. Após cobrança de escanteio, o brasileiro naturalizado russo Mário Fernandes cabeceou livre para o fundo do gol. A festa no estádio, que já parecia aceitar a eliminação, foi enorme. A Rússia ainda estava viva na Copa do Mundo e conseguia levar a decisão para os pênaltis.

Na cobrança de pênaltis, Mário Fernandes, que vinha sendo o herói do time, acabou perdendo seu pênalti. Além dele, Smolov também perdeu o seu pênalti. Do lado croata, todos converteram, menos Kovačić. Mas não foi o suficiente para impedir a classificação croata.

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