Agência Brasil

27 de janeiro de 2009

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Mapa com a localização da América Latina no continente americano e no mundo (destacados em verde)

A crise econômica mundial deverá atingir fortemente os empregos urbanos na América Latina e no Caribe em 2009. De acordo com o Panorama Laboral, estudo divulgado anualmente pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), a expectativa é de que cerca de 2,4 milhões de pessoas percam os empregos este ano na região. O estudo apresentado hoje (27) mostra que o ciclo de redução do desemprego, que vinha se desenhando nos últimos cinco anos, vai chegar ao fim em 2009. Desde 2003, quando o nível de desocupação na América Latina e no Caribe atingiu o patamar de 11,2%, o indicador vinha caindo e chegou a 7,5% no último ano. Os aumentos consecutivos no número de empregos vinham sendo provocados pelo crescimento econômico da região, que em 2008 ficou em 4,6%. Mas, em tempos de crise, as previsões negativas da OIT indicam que esse crescimento deverá desacelerar para 1,9% este ano, aumentando o número de desempregados, hoje de 15,7 milhões. Com isso, a taxa de desocupação da população economicamente ativa nas cidades pode voltar aos 8,3% de 2007.

"A crise vem interromper a evolução positiva que se observou nos últimos anos", avaliou a diretor da OIT no Brasil, Laís Abramo. Mas, segundo ela, apesar das previsões negativas não é só o Brasil que vai sofrer menos que em outras ocasiões. "Nós sabemos que essa é a crise mais severa desde os anos 30 e seus efeitos começaram a ser sentidos em setembro. Mas ela pega uma América Latina mais preparada e forte", afirmou Laís.O Panorama Laboral alerta ainda que a perda da renda e do emprego de chefes de família e um processo de retorno de migrantes aos seus lugares de origem podem pressionar ainda mais os mercados.

Fontes