17 de maio de 2021

link=mailto:?subject=Crianças%20pedintes%20"invadem"%20ruas%20da%20cidade%20angolana%20do%20Lubango%20–%20Wikinotícias&body=Crianças%20pedintes%20"invadem"%20ruas%20da%20cidade%20angolana%20do%20Lubango:%0Ahttps://pt.wikinews.org/wiki/Crian%C3%A7as_pedintes_%22invadem%22_ruas_da_cidade_angolana_do_Lubango%0A%0ADe%20Wikinotícias Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

O aumento de crianças e adolescentes pedintes na cidade do Lubango, na província angolana da Huíla, está a preocupar alguns círculos da sociedade local.

Entre as crianças destacam-se as da tribo mwila, em regra provenientes dos municípios da Chibia, Humpata e Gambos.

O advogado José Manuel não tem dúvidas em relacionar este fenómeno à fome que grassa a região.

“Na minha humilde perspectiva quando se trata de fome devemos tentar no máximo nos despir de qualquer abordagem científica e extremamente legalista sob pena de cometermos alguns erros”, sublinha.

O administrador municipal dos Gambos, Elias Sova, admite que a debandada de crianças está associada à fome e teme pelo agravamento da situação nos próximos meses.

“Vamos imaginar quando chegarmos a Julho, Agosto, Setembro, o que será? Temos quede estar preparados para situações mais complicadas. A nossa posição é que a população não saia, há que se encontrar programas que possam reter as nossas populações nas suas localidades”, defende Sova.

Para o porta-voz da Polícia Nacional na Huíla, muitas das crianças da tribo mwila que estavam nas ruas a estender as mãos, para além da exposição adiferentes riscos, faziam-no na condição de exploradas, o que já permitiu a detenção de pessoas suspeitas.

“Da operação que a Polícia Nacional fez nalguns bairros da cidade do Lubango encontramos muitas crianças, mais de 300, em condições desumanas, a se alimentarem mal e efectivamente procedemos à detenção dos suspeitos implicados directamente nesta acção", revela José Chimuco.

Fontes