25 de abril de 2021

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Um incêndio provocado pela explosão de um tanque de oxigênio ontem matou pelo menos 82 pessoas e feriu outras 110 no hospital Ibn Khatib, em Bagdá. O local tinha sido equipado para abrigar pacientes com covid-19.

Parentes dos pacientes ajudaram a combater o incêndio e a salvar os internados. Ahmed Zak, que estava visitando seu irmão, disse que viu pessoas pulando de janelas para escapar. “O fogo se espalhou como lenha. Levei meu irmão para a rua, voltei e subi para o último andar, que não estava queimando, e encontrei uma paciente com cerca de 19 anos que estava sufocando. Ela estava prestes a morrer. Eu a coloquei nos ombros e desci correndo. Depois continuei entrando, subindo e ajudando a levar outras pessoas para a rua, disse Zaki.

Os pacientes foram transferidos para outros hospitais, mas várias pessoas que não conseguiram localizar os parentes em outros locais foram hoje ao Ibn Khatib em busca de informações.

O primeiro-ministro Mustafa al-Kadhimi ordenou a abertura de uma investigação para averiguar se houve negligência. "Ordenei que uma investigação fosse iniciada imediatamente e que o gerente do hospital e os chefes de segurança e manutenção fossem detidos junto com todos os envolvidos até que identificássemos os negligentes e os responsabilizássemos", disse Kadhimi.

Já Alto Comissariado Independente para os Direitos Humanos do Iraque, órgão oficial vinculado ao parlamento do país, culpa o primeiro-ministro e o ministro da Saúde, Hassan al-Tamimi, bem como seus aliados, pelo incidente e pediu sua renúncia.

O Iraque tem hoje, segundo o Worlodmeter, 1.031.322 casos acumulados de covid-19 e 15.257 mortes pela doença.

Sistema de saúde precário

O sistema de saúde iraquiano sofre há anos com os resultados dos ataques de milícias que lutam contra forças estrangeiras e de rebeldes do Estado Islâmico que acabaram destruindo parte da infraestrutura do país, inclusive hospitais. Além disto, ainda há as sanções econômicas impostas ao país e a própria negligência das autoridades, reporta a VOA News.

Vacinação

O país recebeu o primeiro lote de vacinas no passado dia 18. Segundo o governo, os lotes recebidos foram de imunizantes da Pfizer-BioNTech e da empresa chinesa Sinopharm Group.

Fontes