16 de dezembro de 2020

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O Ministério da Saúde (MS) apresentou às 10 horas desta manhã o Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra a Covid-19. O Plano de Vacinação já havia sido divulgado no sábado passado no website do órgão, após o STF ter exigido a sua elaboração.

Além disto, o STF também exigiu que o MS apresentasse o cronograma da vacinação, com a previsão de início e término da vacinação, em 48 horas, contadas a partir de segunda-feira, 13 de dezembro. As datas não haviam sido contempladas no Plano de Vacinação, a não ser muito vagamente, com referência, por exemplo, a quantas doses de vacinas estavam previstas para chegar ao Brasil nos próximos três meses.

Sem data

O mesmo problema sobre a falta de uma data específica para o início da vacinação também está no Plano de Operacionalização, que apenas indica que:

  • Há uma encomenda tecnológica junto à Fiocruz/AstraZeneca de 100,4 milhões de doses a serem entregues até julho e outras cerca de 110 milhões de doses a partir de agosto de 2021;
  • Há uma encomenda junto à iniciativa Covax Facility de 42,5 milhões de doses, mas ainda não há cronograma de entrega;
  • Há negociações com o laboratório Pfizer/BioNTech para 2 milhões de doses a serem entregues no primeiro trimestre, 6,5 milhões no segundo trimestre e outras cerca de 62 milhões de doses para depois de junho;
  • Há negociações com a Janssen para 3 milhões de doses no segundo trimestre de 2021 e outras cerca de 35 milhões a partir de julho.

O MS também citou as vacinas do Instituto Butantan (CoronaVac) e das farmacêuticas Bharat Biotech, Moderna e Gamaleya, reportando, no entanto, que aguarda os relatórios dos estudos.

“O que faltou? Faltou vacina, o cronograma pra gente saber quanto temos de vacina comprada, quanto temos de garantia pra entrega agora, a partir de janeiro, fevereiro, março, abril, maio, qual é o cronograma pra vacinação”, disse o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), logo após o anúncio, escreveu o Brasil de Fato.

Sem liberação

Nenhum laboratório ainda pediu a liberação para uso emergencial de qualquer vacina anti-Covid no Brasil, apesar do MS aparentemente "apostar todas as suas fichas na vacina da Pfizer. "Considerada a evolução das negociações desta Pasta com a farmacêutica Pfizer e ainda, a previsão de entrega da primeira remessa para o primeiro trimestre de 2021 em uma parcela de 2 milhões de doses, traz-se neste documento as características desta vacina e proposições para utilização da mesma entre grupos prioritários", diz a uma parte do texto do capítulo "Distribuição da primeira remessa da Vacina Pfizer".

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Fontes