2 de setembro de 2021

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26 países dos 54 do Continente Africano usaram menos da metade das vacinas contra covid-19 que receberam até agora, anunciou a OMS África hoje. As falhas na imunização têm como principais causas a inexistência de planos de vacinação, incluindo a falta de logística; a falta de campanhas de conscientização sobre a importância da vacinação e a rejeição às vacinas.

Segundo John Nkengasong, chefe dos Centros Africanos para Controle e Prevenção de Doenças (CDC da África), não existe rejeição, mas sim "fome pela vacina", mas a BBC relatou em 6 de agosto passado que em Burundi, por exemplo, o governo informou que pretende receber imunizantes, mas não irá promover o uso de vacinas contra covid. "A África está travando uma guerra contra os antivacina", escreveu o jornalista nigeriano Paul Adepoju num artigo para a revista Nature em julho, opinando ainda que a desinformação "encontrou um terreno fértil na África".

Se há rejeição em vários países, em outros, ao contrário, as pessoas estão ávidas para se vacinar. Em meados de agosto houve filas de espera na capital de Uganda, Campala, com pessoas brigando por lugares na fila, reportou a AP News em 15 de agosto. Naquele dia, "menos de 2% dos 1,3 bilhão de pessoas do continente estavam totalmente vacinadas", reportou o veículo ainda.

A África do Sul está entre os países africanos que mais vacinaram, mas segundo a OMS África, 42 das 54 nações - quase 80% - devem perder a meta de vacinar os 10% mais vulneráveis ​​da população até o final de setembro. Segundo a Organização também, cerca de 180 milhões de doses de vacinas precisam chegar à África nas próximas semanas para que o Continente cumpra a meta de imunização este mês.

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