30 de janeiro de 2021

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O agravamento da pandemia de covid-19 no Pará fez o governo do estado decretar bandeira preta, ou seja, lockdown. A medida vale para a região da Calha Norte e Baixo Amazonas, onde fica Santarém, uma das maiores cidade do estado.

"No dia de ontem, o instituto Evandro Chagas identificou a nova cepa do coronavírus nesta região. Além disso, o aumento na procura de leitos clínicos e de Unidades de Terapia Intensiva (UTI), para atendimento de pacientes de Covid-19, nos trazem severas preocupações sobre a capacidade do nosso sistema atender a todos. Por esta razão, pedindo a compreensão e a solidariedade, nós estaremos mudando o bandeiramento da região que está em vermelho (risco elevado) para preto (lockdown)”, justificou o governador Helder Barbalho.

O lockdown começará a valer a partir do dia 1º de fevereiro, ou seja, em dois dias, e enquanto estiver em vigor impedirá que comércio, indústria e serviços não-essenciais funcionem. Além disto, as pessoas só poderão circular nas ruas em casos de necessidade, como para comprar alimentos ou procurar serviços de saúde.

Outras medidas

Com o agravamento dos casos de covid no estado e a lotação dos hospitais, principalmente no extremo oeste, próximo à fronteira com o Amazonas, o governo já encomendou 500 cilindros de oxigênio, dos quais 180 chegaram ao estado hoje. Além disto, um novo Hospital de Campanha, com 60 leitos clínicos, será construído em Santarém.

57 pacientes de diversas cidades do estado já foram tranferidos para os hospitais de Santarém, de Itaituba e Juriti nos últimos dias, que juntos dispõem de cerca de 100 leitos de UTI.

Apoio popular à medida

Uma enquete no portal Belém.com.br indica que a medida de lockdown tem apoio de boa parte dos paraenses. "Com o aumento do número de casos e internações por covid-19 nos hospitais de Belém, você estaria de acordo com a adoção de ações mais rígidas para controlar um novo pico da doença na cidade?", perguntou o portal: "sim, acredito que medidas mais enérgicas já deveriam estar sendo tomadas" (65%); "sim, medidas mais rígidas devem ser adotadas, porém sem o uso de um novo ‘lockdown’" (16,2%) e "não, acredito que as atuais medidas são suficientes para controlar a covid-19" (18,8%).

A nova cepa

A nova cepa do Sars-CoV-2 que preocupa as autoridades é chamada também de "variante do Amazonas" ou "variante brasileira". Oficialmente ela foi nomeada de linhagem P.1 e, segundo a Fiocruz, atualmente já está sendo indentifica em 91% dos genomas sequenciados no Amazonas, o que a torna hoje a mais prevalente no estado.

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Fontes