12 de janeiro de 2021

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O rei da Malásia declarou estado de emergência nacional como parte de um esforço para conter o número crescente de novas infecções pelo coronavírus Sars-CoV-2.

O palácio real anunciou hoje que o Sultão Abdullah de Pahang emitiu o decreto após uma reunião com o primeiro-ministro Muhyiddin Yassin. O rei Abdullah havia rejeitado um pedido do primeiro-ministro Muhyiddin em outubro passado para emitir uma ordem semelhante devido a pandemia de covid-19.

A ordem de emergência suspende o parlamento até 1º de agosto e dá ao governo do primeiro-ministro ampla autoridade para promulgar leis.

Em um discurso transmitido pela televisão, Muhyiddin tentou assegurar à nação que o estado de emergência “não era um golpe militar” e que nenhum toque de recolher seria imposto durante esse período. Ele havia emitido um bloqueio de duas semanas para Kuala Lumpur, capital da Malásia, e cinco estados vizinhos na segunda-feira, já que o número total de casos de covid havia chegado a 138.000 e o de mortes a 555, com o número de novos casos diários subindo para bem mais de 2 mil por dia nas últimas semanas.

O estado de emergência também dá ao primeiro-ministro a possibilidade de suspender a análise de pedidos de eleições especiais no parlamento. Muhyiddin é primeiro-ministro desde fevereiro de 2020, quando foi escolhido pelo rei Abdullah depois que o então primeiro-ministro Mahathir Mohamad renunciou inesperadamente e o governo entrou em colapso.

No entanto, Muhyiddin tem perdido apoio, o que o deixa com um controle instável do poder. A United Malays National Organization, o maior partido da coalizão, ameaçou retirar o apoio e o veterano líder da oposição, Anwar Ibrahim, se reuniu com o rei em setembro passado para lhe dar os nomes de 120 membros do parlamento, de 222, que estão prontos para retirar o apoio ao primeiro-ministro.

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