30 de abril de 2005
Semana passada ocorreu no Afeganistão a primeira execução de uma mulher por cometer adultério, desde a queda do regime do Taliban, no final de 2001. A vítima foi uma jovem de 29 anos considerada culpada de adultério e condenada à morte pelos tribunais locais. Aproximadamente 48 horas depois foi levada à força da casa de seus pais, no distrito de Urgu, província de Badakhan, por seu esposo e autoridades locais, antes de ser apedrejada publicamente. No homem acusado de cometer adultério com ela foram dadas 100 chicotadas e depois ele foi deixado livre.
O governo afegão já prometeu que investigará este homicidio considerado ilegítimo e que levará todos os responsáveis perante a justiça. O Afeganistão se acha vinculado ao Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, cujo artigo 7 estabelece: "Ninguém será submetido a torturas nem a penas ou tratos cruéis, desumanos ou degradantes".
Faz exatamente um ano desde que ocorreu a primeira execução registrada durante o regime do Taliban. Naquela ocasião tratava-se de um chefe militar, e se formularam supeitas de que se tratava de uma forma de eliminar uma testemunha chave de um caso sobre abusos por parte de chefes locais.
Fontes
- Afganistán: La muerte por lapidación, una atrocidad contra los derechos humanos [inativa] — Amnistía Internacional, 26 de abril de 2005. Página visitada em 29 de abril de 2005
. Arquivada em 11 de maio de 2005
- Afganistán: Afganistán: Primera ejecución desde la caída de los talibanes [inativa] — Amnistía Internacional, 26 de abril de 2004. Página visitada em 29 de abril de 2005
. Arquivada em 14 de maio de 2005
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