3 de novembro de 2005

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Por unanimidade, o Conselho de Segurança das Nações Unidas adotou na segunda-feira (31) uma resolução na qual pede que a Síria colabore na investigação da morte do ex-premiê libanês Rafik Hariri. A resolução adverte a Síria com sanções caso se negue a cooperar.

A Síria tinha rejeitado anteriormente as conclusões das investigações das Nações Unidas sobre o assassinato do primeiro ministro Rafiq al-Hariri.

Os ministros dos EUA, Reino Unido e da França circularam um rascunho da resolução que exige que medidas punitivas sejam tomadas contra a Síria se ela se recusar a cooperar nas investigações da morte de Hariri.

Rússia e China sinalizaram inicialmente que se oporiam à ameaça de sanções contida no documento. O Ministro das Relações Exteriores chinês Li Zhaoxing disse ao Conselho: "A comissão acredita mesma que a investigação ainda precisa ser terminada e que não há uma conclussão final. Sob tais circunstâncias, é inapropriado para o Conselho prejulgar o resultado da investigação e ameaçar com a imposição de sanções".

Sobre a resolução, a Secretária de Estado Condoleezza Rice afirmou: "Com a nossa decisão de hoje, nós mostramos que a Síria isolou-se da comunidade internacional por causa de suas falsas declarações, seu apoio ao terrorismo e sua interferência nos vizinhos, e no seu comportamento de desestabilizar o Oriente Médio".

O Ministro das Relações Exteriores sírio, Farouk ao-Sharaa, disse ao concluir a votação que a resolução retoma parte do relatório preliminar no qual se presume a culpabilidade da Síria nos factos.

Mehdi Dakhlallah, Ministro da Informação sírio disse para a Rede Aljazeera: "Esta é uma declaração política contra a Síria baseada em alegações de testemunhas conhecidas por suas hostilidades contra a Síria".

A declaração final foi endossada por todos os 15 membros do Conselho de Segurança.

Fontes